8 de maio de 2024
Nota

Jornal destaca que senador Styvenson liberou emenda depois de retirar assinatura da CPI do MEC

Por Bernardo Mello Franco no Globo 

O coelhinho da Páscoa chegou mais cedo a Brasília.

Às vésperas do feriado, o governo montou uma força-tarefa para melar a investigação do escândalo no MEC.

Tocados pelo espírito cristão, três senadores retiraram suas assinaturas pela criação de uma CPI. A quarta inovou: disse que o jamegão não era dela.

O caso de Rose de Freitas é o mais curioso. Na semana passada, a emedebista foi recebida por dois ministros de Jair Bolsonaro. Na quarta-feira, esteve com Ciro Nogueira e Célio Faria Júnior. Na quinta, voltou a se encontrar com o chefe da Secretaria de Governo.

O senador Weverton Rocha, do PDT, alegou motivos religiosos para desistir da CPI original. Disse que desejava evitar a “criminalização” dos evangélicos. O pedetista conhece bem os personagens do escândalo. Em março, gravou vídeo ao lado do pastor Gilmar Santos, acusado de cobrar propina para acelerar a liberação de verbas destinadas a escolas e creches.

Oriovisto Guimarães, do Podemos, foi eleito na onda da Lava-Jato. Agora ajuda a abafar uma investigação de corrupção e tráfico de influência. No sábado, ele alegou que a CPI serviria de “palanque eleitoral”. Para evitar o contratempo, decidiu a ajudar o governo a abafar as denúncias.

RN REPRESENTADO COM STYVENSON VALENTIM

O terceiro a retirar a assinatura foi Styvenson Valentim, também do Podemos.

O senador é um personagem típico da chamada nova política. Capitão da PM, ganhou fama ao caçar motoristas embriagados nas ruas de Natal. O porte físico lhe rendeu o apelido de Robocop da Lei Seca e o mandato de oito anos em Brasília.

Na quinta passada, quando ainda apoiava a criação da CPI, Styvenson disse não estar entre os “privilegiados” que recebem verbas do governo.

“Estou no limbo aqui, boiando, sem recurso nenhum”, choramingou.

No dia seguinte, deu-se o milagre: o Planalto liberou R$ 287 mil para uma emenda do Robocop.

DO TL 

Apesar da coincidência, o blog tem que concluir o baixo valor liberado a ser compreendido como moeda de troca e/ou pagamento de pressão indevida por parte do Palácio do Planalto,

Cada Senador da República tem direito a emendas individuais de dezenas de milhões e se o senador está “no limbo, boiando” não iria negociar por tão pouco. O RN precisa e merece mais. Bem mais…

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