LIVRE TRADUÇÃO
Jericho Brown (nascido em 14 de abril de 1976) é um poeta e escritor americano. Nasceu e foi criado na Louisiana, trabalhou como educador em instituições como a Universidade de Houston, a Universidade Estadual de San Diego e a Universidade de Emory. Lançou seu primeiro livro de prosa e poesia, Please, em 2009. Seu segundo livro, The New Testament, foi lançado em 2014. Sua coleção de poemas de 2019, The Tradition, recebeu o Prêmio Pulitzer para poesias. (Fonte: Wikipedia)
O The New York Times publicou seu poema Say Thank You Say I’m Sorry que recebe aqui uma tradução livre. Espero que a mensagem original tenha sido mantida.
DIGA OBRIGADO DIGA DESCULPE
Eu não sei de que lado você está
Mas estou aqui pelo povo
Que trabalha nos supermercados que brilham, de manhã
E fecham para a limpeza pesada da noite
Nas ruas sem nomes, nas cidades que nem sei os nomes.
Nas cidades tão pequenas para o meu grande
Carro preto sair por todos os cantos
Do Kansas, onde ir para a escola significa
Pelo menos uma excursão
Para um matadouro. Eu quero tão pouco: outro couro encadernado
Livro, uma sovela com um gin de lavanda, pão
Seria bom provar,
Poder dizer
Como são feitos
Pense nisso
O que é ser uma nação
Estou de bom humor pela América
É hoje o dia. Estou com estresse pós-traumático
Sobre o Senhor. Deus salva o povo que trabalha
Nos supermercados. Eles conhecem um pouco de glamour
É muito glamour. Eles sabem quanto
O que custa para o mais velho de nós, comer
Salve
Meus amores, não minhas frases
Antes de vê-los,
Eu desenho uma toupeira perto da minha covinha esquerda,
Acrescente um toque ao sorriso que eles não podem ver
Atrás da minha máscara. Eu sorrio ou minto ou talvez
Eu uso a boca de um animal. Eu como animais selvagens
Enquanto alguns de nós crescemos sabendo
O que é nhoque. As pessoas que trabalham no supermercado, não
Se importam
Eles dizem obrigado. Eles dizem, desculpe,
Não vendemos mais óleo de motor, com um lamento tão grande
Você poderia tocá-lo. Continue. Toque.
É cedo. Está tarde. Eles lavaram as mãos.
Eles lavaram as mãos por você.
E eles pegam o ônibus para casa.
SAY THANK YOU SAY I’M SORRY
I don’t know whose side you’re on,
But I am here for the people
Who work in grocery stores that glow in the morning
And close down for deep cleaning at night
Right up the street and in cities I mispronounce,
In towns too tiny for my big black
Car to quit, and in every wide corner
Of Kansas where going to school means
At least one field trip
To a slaughterhouse. I want so little: another leather bound
Book, a gimlet with a lavender gin, bread
So good when I taste it I can tell you
How it’s made. I’d like us to rethink
What it is to be a nation. I’m in a mood about America
Today. I have PTSD
About the Lord. God save the people who work
In grocery stores. They know a bit of glamour
Is a lot of glamour. They know how much
It costs for the eldest of us to eat. Save
My loves and not my sentences. Before I see them,
I draw a mole near my left dimple,
Add flair to the smile they can’t see
Behind my mask. I grin or lie or maybe
I wear the mouth of a beast. I eat wild animals
While some of us grow up knowing
What gnocchi is. The people who work at the grocery don’t care.
They say, Thank you. They say, Sorry,
We don’t sell motor oil anymore with a grief so thick
You could touch it. Go on. Touch it.
It is early. It is late. They have washed their hands.
They have washed their hands for you.
And they take the bus home.