Lula deve anunciar mais 18 ministros; maior expectativa é pasta para Simone Tebet
PEC da Transição aprovada é hora de colocar as últimas peças do quebra-cabeça ministerial do terceiro Governo Lula.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende anunciar nesta quinta ao menos mais 18 dos 37 integrantes do futuro primeiro escalão do governo.
Neste rol, é esperado nomes que representem as mulheres, negros, indígenas.
Até agora, dos anunciados quatro são homens brancos – Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa), Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Apenas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou-se pardo.
SETE MULHERES
Lula deve apresentar ao menos sete auxiliares mulheres: a economista Esther Dweck no Ministério de Gestão e Inovação; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade, na Saúde; a atleta Ana Moser, no Esporte; a cantora Margareth Menezes, na Cultura; a vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos, na Ciência e Tecnologia; e Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco na pasta das Mulheres.
FORÇA DO MDB DO PARÁ
O deputado José Priante (MDB-PA) é o nome da bancada emedebista da Câmara, com a possibilidade de chefiar o Ministério de Minas e Energia. Priante é primo do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho.
O MDB do Pará terá nove deputados em 2023, sendo a maior bancada regional do partido.
PDT AINDA SEM CADEIRA
O PDT recusou a oferta para comandar o Ministério da Previdência Social, mas não pretende romper com o futuro governo.
PASTA SOCIAL SONHADA POR TEBET DEVE IR PARA O PT
O ex-governador e senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), tornou-se um dos nomes mais cotados para assumir o comando do Ministério do Desenvolvimento Social do futuro governo Lula.
A pasta é uma das mais disputadas por ter sob seu guarda-chuva o Bolsa Família e tem provocado entraves com uma importante aliada da campanha eleitoral, a senadora Simonte Tebet (MDB-MS), que cobiçava ocupar o posto.
Tebet já sinalizou que não vai fazer parte do governo caso não seja a escolhida para o ministério. Terceira colocada na disputa presidencial deste ano, ela declarou apoio a Lula e participou de atos de campanha durante o segundo turno.