MBL e “Vem pra Rua” não pouparam Lula nos protestos de ontem
Quem chegava na Avenida Paulista já se deparava com um super pixuleco de Lula – roupa de presidiário e tudo mais – abraçado com Bolsonaro.
Onde foi parar a trégua anunciada ?
Na véspera, os organizadores do MBL e “Vem Pra rua” criticaram a ausência do PT dos protestos. A esquerda também não gostou e justificava que a hora era de união por algo muito maior; a Democracia.
Não foi só isso. E o PT tinha razão.
Favorito nas pesquisas de opinião hoje, como participar de um ato com seu pré-candidato à Presidência tratado como bandido?
Mais. Como avalizar apoio a um movimento de extrema direita para criticar seus líderes e ideias?
A situação provocou um racha entre os organizadores do evento.
O MBL acusou o Vem Pra Rua de ter rompido um acordo para tratar apenas do impeachment de Bolsonaro no protesto.
Com isso, estiveram na Av. Paulista poucas lideranças de esquerda, como o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, o deputado federal Orlando Silva, do PCdoB, e a deputada estadual Isa Penna, do PSol.
A turma da terceira via foi em peso; de João Amoedo do Novo a João Doria, do PSDB. Passando por Henrique Mandetta (DEM) a Simone Tebet, do MDB.
O racha na oposição contribuiu para o esvaziamento da manifestação.
A Polícia Militar calculou que só 6 mil pessoas compareceram ao ato em São Paulo.