Ministério Público não quer ser culpado por fila lenta de vacinação no RN
Em se tratando de vacinação, a semana termina com avanço depois que os Ministérios Públicos, Defensoria Pública, Governo do RN e Prefeitura de Natal se reuniram para definir o que é permitido e vedado na fila da imunização.
O diálogo foi necessário desde que o Plano Nacional de Imunização foi objeto de uma ação judicial no Estado e o Governo do RN e boa parte dos municípios paralisaram diante do medo e de possíveis penalidades, incluindo muita diária de R$ 50 mil.
Foi a partir deste entendimento que a fila pode andar.
E hoje a vacinação de Natal começou para faixa etária a partir de 57 anos, enquanto outras capitais do Nordeste estão vacinando grupo etário de 50, 45 e até 43 anos, como é o caso de Recife.
E lá não tem Ministério Público, Defensoria Pública e Judiciário? Tem sim, senhor.
Mas o Poder Executivo não paralisou diante da fiscalização.
Agora, o entendimento geral é que 50% das doses recebidas será destinado a grupos prioritários e a outra metade para a fila por idade sem qualquer comorbidade ou prioridade por atividade exercida.
E foi isso que o Procurador da República, Victor Maria fez questão de deixar claro ontem em entrevista ao RN TV:
Definitivamente a decisão judicial não atrapalhou e não atrasou a vacinação em Natal ou no estado do Rio Grande do Norte.
O que houve foi a determinação que a imunização de grupos prioritários tem que ser concluída, mas pode ser feita de forma paralela com grupo por faixa etária.
O Secretário George Antunes, que vinha responsabilizando a ação judicial pelos pela fila estagnada nos 60 anos, também já foi avisado que sua obrigação é agilizar e não acarretar desgaste desnecessário para Prefeitura de Natal.
A outra contrapartida assumida pela PMN é aumentar o número de pontos de vacinação na capital potiguar, o que deverá ser feito já nos próximos dias.
Um acordo que deixou claro a prioridade geral e indiscutível para todas as partes; salvar vidas, de todos e o quanto antes com vacinação rápida e justa.
O MP fez contrapartidas tolas. Não perguntou sequer porque todas as unidades não estão vacinando, aí finge que exigiu alguma coisa.
George Antunes é incompetente, mas o MP, quando viu a confusão, correu para desmentir até a mãe de pantanha, sendo que pareceu tudo ser combinado.