7 de maio de 2024
Imprensa Nacional

“Não tem como ter cidadania plena sem inclusão”, diz RP com síndrome de Down

Foi no dia 25 de setembro de 1993 que Luísa Camargos nasceu, em Belo Horizonte. E foi nesse mesmo dia que seus pais descobriram que ela tinha síndrome de Down (T21). “Já nos primeiros dias de vida, comecei a fazer fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e a ser atendida por psicóloga”, conta ela, em entrevista ao Estadão por e-mail.

Em 2014, aos 20 anos, ela fez a prova do Enem e foi aprovada na Faculdade Pitágoras. Formada em 2019, ela se tornou a primeira relações-públicas com Down no Brasil.

“Sou muito comunicativa, queria um curso de humanas e me apaixonei por Relações Públicas”, diz ela, que hoje trabalha na Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC) e tem o projeto Inclusive Luísa, para inclusão de pessoas com deficiência. “Amo minha profissão.”

“Todo mundo cabe no mundo, e o mundo fica melhor quando todos cabem nele.”

É assim, antes de qualquer vinheta, que começa o podcast da iniciativa Inclusive Luísa, na voz da própria, Luísa Camargos. Criado em 2020, em Belo Horizonte, o projeto tem como objetivo promover ações em prol de uma sociedade mais inclusiva – e tem como apresentadora a relações-públicas com síndrome de Down. 

A busca por mobilização social e o enfrentamento do capacitismo pela inclusão, aliás, são temas explorados por Luísa em suas produções.

Entre elas está Por um Mundo Aberto à Diversidade: Aprendendo com a História da Primeira Relações-Públicas com Síndrome de Down no Brasil, apresentada na 9.ª Conferência Latino-americana e Caribenha de Ciências Sociais (2022). 

“Tive a honra de ter meu artigo aprovado e ser a primeira pessoa com síndrome de Down a ter um artigo científico internacional. Sou a primeira, mas não quero ser a única, quero que todos nós possamos ocupar nossos espaços.”

Fonte: Estadão

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