9 de maio de 2024
ENERGIA

Nordeste concentra 83% da energia solar e eólica do Brasil; RN é o campeão

O Nordeste é o grande responsável pela geração eólica e solar fotovoltaica do país.

A capacidade instalada, de 28,3 gigawatts (GW), é 82,6% da nacional com as duas fontes de energia. Os nove Estados nordestinos também somam 10 GW em projetos em fase de construção e 79,7% das novas instalações programadas para entrar em operação no país, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), garantindo à região a hegemonia eólica e solar para a próxima década.

O potencial nordestino é muito maior.

A capacidade de geração eólica e solar já outorgada pela Aneel, ou seja, projetos já autorizados, mas que ainda não possuem suas instalações confirmadas pelas empresas de energia, somam outros 76,2 GW na região.

A expectativa no Ministério de Minas e Energia (MME) é que a instalação de 30 GW de geração renovável e R$ 120 bilhões em investimentos sejam viabilizados após os três leilões de transmissão de energia da agência previstos para ocorrer em 2023 e 2024.

O primeiro deles, programado para 30 de junho, compreende um total de 6,1 mil quilômetros de linhas de transmissão voltadas ao escoamento da energia renovável produzida no Nordeste para os centros consumidores no Sudeste.

O segundo leilão, previsto para outubro, interligará a região com o Centro-Oeste e o Sudeste. O terceiro ainda não teve seu edital publicado.

O Complexo Eólico Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, principal ativo da Casa dos Ventos, entrou em operação em 2021 com 504 megawatts (MW) de potência; outros 534 MW estão previstos para os próximos meses.

O Complexo Eólico Babilônia Sul, com 360 MW na Bahia, entrou em operação em abril. Estão previstos, ainda neste ano, os inícios das obras de expansão de Babilônia, (mais 553 MW), e Serra do Tigre (RN), com 756 MW eólicos.

Ambos devem entrar em operação em 2025, após investimentos de R$ 9,5 bilhões.

OPERAÇÃO SÓ POR MULHERES 

A AES Brasil está em fase de conclusão de dois projetos eólicos no Nordeste que serão operados exclusivamente por mulheres: o Cajuína (RN), com 684 MW, e o Tucano (BA), que disponibilizará 322 MW.

Atualmente, a companhia soma 1,44 GW em geração eólica. “Também estamos desenvolvendo projetos solares que somam 272 MW de capacidade que serão instalados de forma híbrida junto aos parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte”, diz Bernardo Machado Sacic, diretor de desenvolvimento de novos negócios da companhia.

Fonte: Valor 

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