Novo round no tratamento precoce
A Ivermectina se prepara para enfrentar uma nova batalha pelo direito de ser reconhecida como droga útil para conter ou reduzir a proliferação viral, no início dos tratamentos da COVID-19..
O laboratório Merck, o mesmo que deteve sua patente e direitos de fabricação até 1995, solicitou autorização de uso de emergência de uma nova substância, o Molnupiravir, contra COVID-19.
O Molnupiravir, já vem sendo estudado há vários anos, tendo dados publicados antes da pandemia, em 2019, quando foi candidato ao tratamento único para um vírus da influenza.
Na comparação inicial, a Ivermectina tem desempenho de poucos efeitos colaterais, custa menos e parece ser mais eficaz.
O problema maior para os testes das novas drogas é que, com a vacinação, a pandemia foi controlada, não sobraram pacientes elegíveis para participação em estudos duplo-cegos.
Sobre outra droga, Remdesivir, já aceita nos Estados Unidos e autorizada pela Anvisa, o Molnupiravir tem a vantagem da administração por via oral e poder ser usado para tratamento em ambulatório.
Exemplo de reposicionamento farmacêutico, a Ivermectina, nesta guerra do tratamento precoce, leva a vantagem de ter sido sido mais estudada, com seu “reaproveitamento off label” investigado em inúmeros trabalhos de ensaios clínicos, estudos retrospectivos e metanálises.
Quanto à segurança será impossível a comparação.
O VigiBase, banco de dados da Organização Mundial da Saúde, registrou cerca de 5 mil eventos adversos da Ivermectina em mais de 3,5 bilhões de doses aplicadas em humanos.
De acordo com dados parciais da Merck, o Molnupiravir reduziu as hospitalizações ou mortes em 50%, em 385 participantes do estudo.
Uma metanálise de 15 estudos que incluiu mais de 2 mil participantes, mostra que a Ivermectina pode reduzir o risco de morte em cerca de 60%.
Quanto ao custo, a Merck calcula em 700 dólares um tratamento padrão, de cinco dias, com Molnupiravir.
Quem pensava que o avanço da vacinação colocaria o tratamento precoce da COVID-19 fora da pauta, pelas notícias que chegam da Big Pharma, parece que está enganado.