O ANO DO CARRO
Hoje é o passado, sua bagagem, e a perspectiva do futuro que já começou.
O dia mais importante do ano.
O dia especial que encerra mais um período conturbado para a humanidade, sobrevivente a duas devastadoras ondas de um terrível oceano de dúvidas, incertezas, sofrimento e perdas, para cair nos campos de batalhas de duas guerras quase mundiais.
Tempo de passar, em ritmo lento, o filme documentário do recolhimento e das esperanças que ainda não terminaram.
Tempo de consertar o que foi danificado.
Tempo de lembrar ausências e os que não mais nos acompanham na jornada que segue ameaçada por novas armadilhas e perigos.
Tempo de fortalecer a fé.
Que seremos capazes de vencer obstáculos, corrigir erros, em busca do caminho harmonioso que nos leve à terra da tranquilidade e do bem viver.
Tempo de reflexão.
Que há muito a repartir.
Tempo de entendimento.
Que nossa espaçonave que vagueia pelo infinito não é tão grande quanto se pensava.
Tempo solidário.
Mexe com um, mexe com todos.
Se um só continuar no desalento, desprovido e abandonado, todos estarão ameaçados.
Entre os céus e a terra, a confiança transcende a fortaleza imaginária que a todos protege, na procura por explicações e guias.
O ano novo, que pode ser visto antecipadamente nas cartas do Tarô, é desafiador.
O Carro é o arcano maior, que rege os destinos de todos, na fatia de tempo que se inicia.
A carta sinaliza velocidade. Anúncio que tudo passará rápido e temos de estar atentos.
Controle e atenção na direção, alertas que não devem ser esquecidos.
Uma carta representada por um homem em uma carruagem, envolvido por uma aura de vitória.
As rédeas seguras, mostram o total controle sobre a situação
Esta carta também é conhecida como A Carruagem e no horóscopo ocidental está associada ao signo de Câncer.
Na sequência dos Arcanos Maiores, o Carro vem depois dos Enamorados e antes da Justiça e é dirigida por um rei, ou imperador, tem o número 7 e é representado pela letra hebraica Zain, “o presente gracioso de Deus”.
Carrega como paradoxo, ser ao mesmo tempo arma e fonte de alimentação: “para nutrir o espírito, temos que lutar”.
Entramos no ano de invenções e de tecnologias mais avançadas, aplicadas ao bem e também pelos que não conseguem parar as guerras.
Continuará a dualidade que não se encerrou com o ciclo dos Enamorados, podendo haver união de opostos, nos caminhos a serem percorridos pelo Carro.
Na esfera política, pelo menos no nível municipal, é o desenho da convergência de contrários. Gregos e troianos no mesmo exército.
Mortadelas e coxinhas no mesmo cardápio.
Há obstáculos a ultrapassar, e decisões para serem tomadas com o coração.
Mas acima de tudo, o novo ciclo traz mais uma chance de mudança para uma vida nova e melhor.
Réveillon.
Despertar.
Reanimar.
Uma coisa é certa: 2024 será mesmo o ano do Carro.
Ou alguém duvida do sucesso do Carro Elétrico?