4 de maio de 2024
Coronavírus

O QUE É DE FÁTIMA

73E7B0CA-B9CD-400D-A406-62A09079C908
Cem dias é o prazo estipulado como trégua para que os novos governantes se estabeleçam, arrumem a casa, ajustem suas equipes, tomem as providências iniciais, balizem o que se pode esperar deles, antes da primeira avaliação.

Depois, voltam os cordões do pastoril político já de olho na próxima eleição.

Bajuladores e secadores ocupam suas posições e a luta continua. Tem sido assim desde os capitães-mores.

A governadora Fátima Bezerra, como os que  se elegem na oposição, usou a câmera de ré para justificar porque não praticou a teoria apresentada na campanha.

Passou o período de carência, o primeiro ano e a impressão que o governo se restringia à Secretaria da Administração da Folha Salarial.

Tímida em relação ao governo federal, a auto-intitulada primeira governadora de origem popular, aliou-se aos outros vizinhos populares  com  a ideia de uma nova confederação equatorial que ficou nas intenções. E terá  de explicar gastos sem resultados e 5 milhões nos bolsos dos vivaldinos.

Justiça seja feita, procurou  diálogo com as classes produtoras. Foi a outras terras, retribuiu como hostess as visitas de investidores  de empreendimentos que ainda não entraram no papel de onde custam a sair.

Veio a pandemia e foi  embora a ilusória esperança que mezinhas e panos mornos resolveriam o problema sanitário.

O computador que rodava lento, quase parando, teve de sofrer um boot e ser reinicializado.

Agora são outros cem dias de isolamento a serem analisados.

Em que pese a estratégia inicial do exagero do pior dos cenários para a aceitação temente das medidas restritivas, o desempenho da governadora tem sido até melhor que o esperado.

Recebeu os recursos federais sem preconceitos nem reclamações.

Constituiu uma equipe técnica para gerenciar a crise, confia nela e acata suas decisões.

Seus técnicos mostram com clareza, os números e as faltas. As perdas pela doença e o tamanho da  crise econômica.

Passou a dar, no  comportamento pessoal, bons exemplos.

Home office na casa modesta.

Entrevistas sem superexposições.

Cumprimento rigoroso das normas dos decretos que assinou.

Foi bafejada pela sorte de não ter embarcado na onda dos hospitais improvisados que onde inflados, pouco ajudaram.

Do Central Park ao Morumbi, ficou mais que provado. São bons somente para o marketing de promessas e cenário de filmetes embromadores.

Na prática, o que resolve são hospitais de pedra, cal, equipamentos e gente experiente.

O sistema de saúde que já operava além do limite, em permanente colapso, foi mobilizado como pôde, no tempo que tinha e com quem se podia contar.

Ainda no platô da curva de contaminação, vê-se que não faltam somente leitos para cuidados intensivos e equipamentos. Falta pessoal. Falta pessoal treinado.

Insumos vitais que a China ainda não exporta e os que vieram de Cuba, não têm serventia.

O outro grande desafio do governo começa agora.

Retomada da atividade econômica com a doença em evolução.

As novas exigências virão acompanhadas de gastos maiores e receitas incertas.

Quem pagará as faturas, os empréstimos e os salários dos antigos e novos concursados será o imposto. Cobrado de quem produz.

A dor ensina o gemido e mostra  as  atividades de Estado que realmente importam.

Um bom recomeço é deixar de lado, a mania de estado-empresa.

É hora de bater o martelo.

BCD6AF02-205D-4702-8639-FEE44EBFB857

-Quem dá mais pela CAERN?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *