O RAP DO ANDRÉ
Justiça falha, não tarda
Faça direito
Tenha grana
Papo reto
Dá-se um jeito
Advogado esperto
Tem que ter
Só assim
Livra a cana
Tudo certo
Tem que dar
Só o tempo espera
Pra sempre, nada é
Fé em Deus
Sem esquecer
Do dinheiro circular
Alguém leva (o dele)
Está feito
Tem neguinho reclamando
Sabe o que?
Não sou cerveja pra mofar
Os hômi faz as leis
Ou não é
Pra se usar?
Todo otário em home office
Por que nóis num pode?
Aglomerar
É ruim
Fique em casa
Só pra mim?
O bacana com doença
Se agravar, se ferrar
Vai pra casa, se cuidar
Sou também dessa galera
Pressão alta, sangue doce
Paradão
Pega fácil
Embarcar no covidão
Tô fora, meu irmão!
Saber fazer
Articular
Tudo o mais
Acontecer
Dança de branco
Enquanto dá
Antes a rua
Vamo subir
O morro
Não tem vez
Pra raiz
Pro hip hop
Samba de black
Dou o bote
Faço lance
Quem mais dá?
Chego já
Por um triz
Solto estou
Um vacilo, caio fora
Esses caras nunca cansam
Voltam atrás
Pintou sujeira,
Perdeu, playboy
Outras passagens
Lembro bem
Um pinote
Fui
Sumidão, vão me esquecer
Numa boa
Quando virem
Estou longe
Pr’aqui volto não
Nem a pau
De camburão
A lei pra todos
Igual
Pra filhinho do papai
Bandido de gravata
Pra mim, não?
Sou o tal.
André.
Pra sair
Pela porta onde entrei
Papel passado
Assinado
Conforme tudo
Acertado
É pra cumprir
Foi decidido
Pede pede
Sem parar
Um dia cai no colo
De quem vai libertar
Muito brother
Já foi antes
De cinco dúzias, pra lá
Sorte quem petisca
Muitas vezes
Repetidas
Um dia, se acerta
Com quem sabe resolver
Sem ligar pra falatório
Tudo justo combinado
Negócio de quem
Disso abusa
Daquilo usa
Nunca acaba
Não sou eu
Só
O vapor não vai parar
Dentro e fora
Todo mundo
Prejú de meses
Dando um tempo
Correr atrás
É lei
Faz a hora quem sabe
Nas quebradas se safar
Já fui avião
Cheguei lá
Chego lá
De avião
Aqui, acolá
Qualquer lugar
Casa nova, novo lar
Onde der pra passar
Faço tudo novamente
Confiar, só nos santos
Nos orixás
E se a coisa apertar
A justa me encontrar
Outro doutor vai me soltar