OS DIAS SEGUINTES
Fonte: The New York Times, 20/05/2020
Em Nova York, os hospitais passaram para uma nova fase na batalha contra o coronavírus.
Na cidade mais atingida pela pandemia nos Estados Unidos, o número de novos pacientes e o número diário de mortes caíram acentuadamente.
Muitos dos caminhões refrigerados cheios de corpos se foram.
Os médicos não mais pedem rotineiramente ajuda em equipamentos de proteção improvisados. A sala de emergência do Hospital Elmhurst, em Queens, antes sobrecarregada, trata apenas um terço das pessoas que tratava antes do surto.
“É como se alguém tivesse fechado a torneira”, disse Eric Wei, médico de medicina de emergência e vice-presidente de qualidade do NYC Health & Hospitals, o sistema público de saúde, referindo-se ao número de pacientes nas últimas semanas.
Os executivos e médicos do hospital, cautelosos com o que virá a seguir, à medida que a cidade parece se livrar de seu confinamento, estão perguntando se isso é uma trégua diante de uma nova onda de casos ou um trabalho menos caótico. Nos hospitais, os funcionários estão se preparando para as duas possibilidades.
Os profissionais de saúde ainda atendem a quase 500 pacientes Covid-19 em estado crítico em toda a cidade, mas estão admitindo menos de 100 novos pacientes por dia, abaixo do pico de quase 1.700 diariamente no final de março e início de abril, de acordo com o departamento de saúde da cidade.
Os médicos estão selecionando dados para identificar as melhores práticas e as instituições estão buscando atendimento de longo prazo para aqueles que se espera, permaneçam em ventiladores.
Ao mesmo tempo, eles estão transformando zonas quentes em zonas frias, na linguagem hospitalar, fechando algumas unidades de terapia intensiva temporárias Covid-19 para voltarem para o uso regular.
O Monte Sinai, em Manhattan, fechou uma ala temporária em seu átrio, enquanto no Centro Médico Judaico de Long Island, em Queens, camas vazias foram transferidas para os corredores.
