PELAS CIÊNCIAS !
Em 1897, um óleo sobre tela de um jovem aprendiz de 16 anos, anunciava a genialidade de um mestre das artes.
A longa e imortal carreira de Picasso continua atração dos mais visitados museus do mundo.
Em Barcelona, no que leva seu nome, Ciência e Caridade, não é somente um modelo de pintura realista entre tantos outros trabalhos no estilo da época.
Ao mostrar as necessidades e o que era oferecido ao doente, passou a símbolo e síntese da Medicina humanizada.
130 anos depois, diante dos mesmos sofrimentos causados por doença desconhecida e avassaladora, o aviso e a lembrança merecem reflexão.
Sempre há um outro lado além do saber aceito.
Mistérios a descobrir.
Forças sem controle.
Verdades por vir.
A Ciência Médica tem sobrevivido às grandes tragédias.
E saído delas, engrandecida.
Não será diferente com a dos dias de hoje.
Ficará mais sábia, mais rica e mais confiável.
Nunca houve tanta união de esforços e dedicação para a solução de um problema sanitário.
Nem tanta polêmica e interferências nas atividades dos profissionais da saúde
Os conhecimentos, as fórmulas testadas e recursos não foram suficientes para o enfrentamento do que não se pôde prever em gravidade.
A prática médica não havia sido antes, tão desafiada.
Além de se mostrar desde o início, das mais perigosas, a profissão também passou a ser a mais questionada.
Outros cientistas, de áreas distanciadas da prática e da arte de curar, assumiram os postos do comando das operações de salvamento da humanidade, e sem que tenham sentido o cheiro da pólvora do front da guerra, através de fórmulas matemáticas, passaram a ditar como o guerreiro devia lutar e até, escalando muitos para missões kamikazes.
É um absurdo que se quisesse proibir intervenções precoces a quem sempre foi dito que dos males, o menor.
E que todo pepino, é de pequenino que se deve logo cuidar.
A quem interessava tolher a liberdade que o médico sempre teve de escolher o melhor tratamento quando está certo, é o mais adequado para seu paciente?
Quantas bulas trazem o alerta que “o mecanismo de ação deste medicamento não é plenamente conhecido” e continuam sendo prescritos, salvando vidas?
Como desacreditar a experiência e observações pessoais e esquecer que todos os médicos já foram chamados de facultativos?
Fazer ou deixar de fazer, é escolha facultada ao prescritor e direito do paciente de aceitar ou não.
A jovem gravemente enferma, assistida à cabeceira pelo doutor que toma seu pulso e usa o relógio como instrumento médico; do outro lado, uma freira oferece os cuidados de enfermagem, ao mesmo tempo que cuida de uma criança, talvez filha da paciente, pelo olhar de angústia na vida que seguirá órfã.
A reflexão sobre a necessidade de oferecer ao doente além dos conhecimentos científicos, cuidados espirituais e emocionais, é pertinente aos dias incertos que ainda não terminaram.
Quando os egos, vaidades e saberes ainda se confrontam nos escombros da guerra das comunicações e mídias, é hora de parar de novo diante da obra genial do menino Pablo Ruiz e conclamar os luminares e seus sobreviventes dos comitês científicos.
Pelas caridades!
(A publicação de 30/07/2020, contém perguntas que começam a ser respondidas e pacificadas pela Ciência)
Bela ilustração da dor diante da morte. Quanto as vaidades presentes em muitas culturas como em Natal, notadamente entre algumas mulheres prefiro ne comentar a respeito de algumas que vi logo cedo numa coluna social. Vão morrer assim. Uma sem entender que jamais teria condições de entrar na academia de letras local. O cacife é o do momento. A outra incapaz de d´´a um bom dia em plenas atividade na UFRN. A do meio é um caso perdido – foi a socialização primária e secundária. No mais sobrevivendo em Natal. Até bem dentro do possível. Acho que o shopping Midway é uma espaço ótimo para se almoçar e fazer pequenas compras, rever pessoas e dizer: Viva estou viva.