Pesquisa do IBGE mostra que umbu-cajá está no rol de espécies em extinção
Se para você uma bacia cheia umbu-cajá também tem perfume de infância na casa dos avós, saiba que isso pode ficar na memória.
É o que diz a nova pesquisa do IBGE divulgada ontem, 24, com espécies – de fauna e flora – ameaçadas de extinção .
As informações fazem parte da pesquisa “Contas de ecossistemas: espécies ameaçadas de extinção no Brasil”.
Quando se avalia as espécies ameaçadas a partir dos biomas brasileiros, Leonardo Bergamini (coordenador da pesquisa) explica que todos tiveram aumento em números absolutos, com exceção do Pampa.
De acordo com o estudo, a Mata Atlântica, assim como em 2014, segue com o maior número de espécies avaliadas (de 9.042 em 2014 para 11.811 em 2022) e, também, com a maior quantidade de espécies ameaçadas (de 2.016 para 2.845).
Perereca-gladiadora-de-sino, rolinha-do-planalto e umbu-cajá (popularizado por Alceu Valença na canção “Morena Tropicana”). Estas são algumas das 4.460 espécies da fauna e da flora brasileiras que estavam ameaçadas de extinção no fim de 2022.
Líder no ranking dos biomas com maior número de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, a Mata Atlântica registrou ainda piora dos dados no ano passado. O número de espécies ameaçadas – considerando fauna e flora – aumentou de 2.016 em 2014 para 2.845 no bioma, um salto de 41,1%.
Bergamini lembra que a Mata Atlântica é o bioma com maiores índices de desmatamento, o que contribui para o avanço de risco para espécies da fauna e da flora.
Font: IBGE e Valor