2 de maio de 2024
Coronavírus

PIRAÇÃO & PIROMANIA

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Um ano de investigações e nenhuma explicação definitiva como começou e o porquê da maior tragédia na face da terra, desde que os cinco continentes  viraram o Mar de Noé.

Um vírus, hóspede assíduo das batcavernas, depois de uma parada estratégica num peba que foi à panela com muita pimenta, mesmo tendo sido cozido, penetra em um dos comensais, sua vítima  número 1.

O raciocínio clínico atordoado, e a jurisprudência consolidada na teoria da conspiração, suspeitaram de cientistas do mal, que enlouquecidos, quais vilões de estórias de super-heróis, usaram o conhecimento para plantar destruição e sofrimento.

No enredo maligno, uma lacuna põe em dúvida a verossimilhança da trama.

Sem um antídoto, como iriam lucrar os sabotadores suicidas?

O mal que alcançou o ainda inteiro planeta, desafiou os princípios da arte de curar e dividiu doutores, pajés e xamãs.

Identificadas novas cepas e variantes, uma mutação não foi observada

Continua a mesma, intocada, a divisão herdada das refregas ideológicas.

Ainda não se pode concluir se o cisma não se trata de mais uma estratégia  dos invasores para avançar ainda mais seu domínio.

Sinais que começam a ser observados dão conta de mudanças na personalidade de pacientes acometidos da virose.

Além das sequelas físicas de penosa e demorada recuperação, os danos psíquicos são igualmente devastadores.

Embotamento, desorientação, falhas de memória e alterações patológicas mentais, estão sendo observados.

Alguns pacientes sentem necessidade de prejudicar os outros ou a si próprios.

Outros não têm impulsos violentos mas tornam-se obsessivos em suas convicções.

Distúrbios  que podem resultar de uma resposta imunológica, problemas vasculares ou inflamação,  estão presentes em  outras doenças mas  seu aparecimento na pandemia é mais abrangente e preocupante.

Comportamento semelhante, coletivo, pode ser identificado na sociedade como um todo.

Atinge pessoas nunca positivadas no RT-PCR.

Mesmo quem não apresentou  sinais da doença, desenvolve alterações do psiquismo.

Agressividade e intolerância estão em toda parte, expostas nas vitrines das redes sociais e nos gráficos da escalada da violência doméstica.

Paranóia é tendência de moda para as próximas estações e ondas de contaminação.

Uma palavra mal empregada, um gesto de múltiplas interpretações, uma receita médica baseada na arte milenar de curar, aliviar ou consolar, tudo no mesmo caldeirão, considerados crimes hediondos.

Os arautos dos poderosos trombeteiam o que dizem certo e condenam o que não comprovam, sem perdão, sem  mostrar o outro lado da moeda recebida em  pagamento.

A caça às bruxas e aos magos curandeiros,  não tem fim.

Os tribunais da santa inquisição da sacra ciência médica fazem julgamentos midiáticos e sumários.

Só faltam as fogueiras.

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              O vôo das bruxas – Goya (1746-1828)

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