POLOS INVERTIDOS
Há um ano, a Reforma da Previdência era aprovada no Congresso Nacional.
Agora, chegou a vez do ajuste estadual.
Seria muito, e inócuo, pedir aos nossos parlamentares que mantivessem a mesma garra e espírito de luta partidária em defesa dos direitos conquistados pelos trabalhadores.
A coerência não faz parte do DNA dos nossos políticos.
Que pelo menos, não copiem o modelo dos companheiros bolivarianos.
(Publicação original em 09/07/2019)
PREV POTIGUARABasta assistir aos debates no parlamento. Continuam os mesmos. E alguns novos, os mesmos. Do quanto pior, pior para os outros. Gente que torce pelo bandido. E todos os demais bandidos, vítimas das desigualdades sociais.
Pelo Coringa. Pelos índios e bandoleiros, no faroeste. E por qualquer adversário da seleção. Quando o bozo for ao estádio. Ou pra quem não jogar de camisa amarela.
Donos da verdade e companheiros da mentira. Conhecidos reclamões.
Contra tudo. Menos as cotas parlamentares e otras cositas más.
Deles não dá pra esperar apoio, alinhamento, nem entusiasmo pela reforma da previdência, muito menos para a saída da crise.
Só quem não sabia e nunca, nunca procurou saber, não ficou sabendo. Dali pra frente, tudo iria ser muito diferente.
Podem tirar o jumentinho da chuva.
Nisso estavam certos. Seria muita incoerência seguir o modelo do governo autoritário chileno. Apesar de tanta saliva do Guedes, apoio dos poderosos e da mídia, ex-golpista.
A ordem é dizer não ao pacote embrulhado em saco preto.
Quem sabe faz na hora. E espera acontecer. A luta continuou. Dito e repetido em tantas reuniões, seminários, atos, coletivos e passeatas.
Aqui não, violão.
No pasarán.
Imagina-se que a roda terá que ser reinventada aqui e daqui a pouco, nestas terras de Clara Camarão e Peti das Virgens.
A exemplo e sina da Venezuela.
Único país sul-americano a oferecer aposentadoria a todos os idosos em idade de receber o benefício.
E por fora, mais um bônus. De guerra. Pra compensar as perdas internacionais pelo bloqueio econômico yankee.
Quem sai do bolsa-família, entra direto no ócio remunerado.
Que ninguém é de ferro. Não é assim, Ascenso?
Igual para todos.
Simples. Nem precisa fazer continhas de ministro.
Completou a idade. Aposentado.
Benefícios calculados em dólar. Veinte. Vintinho. Menos de 80 real.
Agora só depende da Assembleia. Que tem, finalmente, a chance de reequilibrar o orçamento.
Pelo retrospecto do Instituto Galvão Bueno, foi em 1955, a última reprovação de uma iniciativa do governo pela casa de conveniência dos contrários.
E se as mudanças não forem do agrado, os insatisfeitos que se retirem.
Sempre haverá a Paraíba. De fronteiras e braços abertos.