TOPA-TUDO PELO VOTO
Mark Zuckerberg arranjou um tempo, em meio às providências das mudanças do nome do seu negócio mais lucrativo, para lembrar ao analista político de araque, que deixe desta mania de querer ser o merval pereira da boca da barra do potengi.
O governo do capitão-presidente completava um ano e, como acontece desde sempre, já se especulava quais auxiliares, brilhando no ministério, seriam candidatos a donos dos próprios cargos, nas eleições que se aproximavam.
Não se sabe se por sabedoria, premonição ou descuido, de todos os nomes especulados neste recanto de Territorio, nenhum arriscou o petisco.
O troca-troca coincidia com as férias, entre as festas de reis e o carnaval.
Qualquer mudança que ocorresse entre estas datas, seria vista com naturalidade.
Permaneceriam os melhores; aos outros, as batatas e a saída honrosa.
A regra, em fase de transição, seria aplicada somente aos civis, porque quem tem general, tem medo.
Bem avaliado por quem entende de Economia, tirando Miriam Leitão, Paulo Guedes, inegociável, sem pretenções políticas, ficaria.
O posto ipiranga já fechou a lojinha de conveniência, a ele ninguém faz perguntas, mas incêndio mesmo, não ocorreu
Moro com permanência garantida, esperava receber o prêmio supremo mais à frente, ou seria aproveitado, como segundo homem, na luta pelo bi-campeonato, quando da escalação do time.
Foi o palpite mais vexatório. Quem poderia imaginar, uma reunião pornofônica no meio do caminho, tantas traquinagens dos garotos numerados, e outras interferências mis.
Tarcísio de Freitas, que não se sabia nem de qual domicílio eleitoral vinha, era daqueles com fôlego para jogar por oito anos.
Tereza Cristina e Mandetta, pules de dez pra ficar.
Com mandato, a deputada estradeira e pé-no-jato só agora vai pro upgrade.
O ministro aparício, teve um sonho de veranico e não é nem lembrado para esteira de algum puxador de votos, a correr pela raia 3.
O ortopedista tem um osso duro de roer, se pensa em retornar ao seu lugar no fundão do baixo clero.
Das duas estrelas cadentes, Salles e Weintraub, não se espere brilho próprio. São como asteroides que depois, vê-se, passam a anos-luz da órbita das urnas.
Damares quer ser um sarney de saias, à moda do Amapá.
Zebra e pedra semipreciosa que mais mudou de lugar na coroa do poder, Onyx tem chances de conquistar o governo do seu estado.
No outro Rio Grande, pequeno demais para dois ministros, o jogo virou antes de começar.
Já conformados com o placar de WO, e certos que as águas só dão pra encher uma única oiticica, o eliminado vai agora, em velocidade 5G, para baixo de outros holofotes.
Quem sabe, sua real vocação não é revelada, no roletrando.
