28 de abril de 2024
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POR QUE TORÇO PARA LULA NÃO SER CANDIDATO

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Há um ano, a torcida de Hélio Schwartsman saiu das páginas da Folha para ocupar  espaços nas discussões sobre a pandemia, na crista da primeira onda.

Sem adjetivos que indicassem sentido figurado,  a palavra final mostrava seu peso, na  carga de tabu que a velha senhora carrega sobre os ombros encurvados.

Dizem ser a libitina, a responsável maior pela Filosofia que só existe por sua causa, certeza e enigma.

O que foi  externado no polêmico artigo, entendido como ódio, continuou sendo destilado nas redes sociais, acrescido de multiplicados e repetidos motivos.

“O sacrifício de um indivíduo pode ser válido, se dele advier um bem maior”.

A justificativa ética, a mesma das antigas religiões e modernos fanatismos que aceitavam e acreditam nos poderes do sacrifício humano, não foi acolhida, nem se fez realidade.

A doença do Presidente Bolsonaro, motivo do desejo mórbido, foi branda e a convalescença, curta.

A Ciência não parou de procurar a cura. Achou a maneira de convivência sob cautelas e proteção das vacinas.

Mundo afora, os responsáveis pelo enfrentamento do inimigo  comum começaram a ser avaliados pelo voto popular, antes do julgamento da História.

Na Nova Zelândia, a primeira-ministra Jacinda Ardern foi reeleita com o dobro de votos dados à oposição.

Donald Trump, o mais poderoso de todos os homens, acabou substituído contra as previsões, derrotado em poucos meses, pela própria  arrogância e cegueira científica.

A vida seguiu seus caminhos incertos e trouxe a nação brasileira a uma nova encruzilhada, no momento em que a segunda intifada, ainda mais violenta, perde forças.

O novo tempo de planejar a restauração chega na hora da troca do condutor.

Que o próximo seja moderado e saiba encurtar distâncias entre extremos.

Que não atice ainda mais  o fogo das paixões que queimam as últimas esperanças.

Que saiba usar  unguentos  para cicatrizar as feridas abertas nos seios e  nas almas das famílias.

Torço que seja premonição, o exemplo que vem do Norte.

Que a vitória sobre o obscurantismo ilumine  o artigo não escrito na lei: duas vezes, bastam.

Quatro anos depois de deixar o cargo, Barack Obama contava 60.

Os democratas não tinham um candidato com maior potencial de votos, mesmo assim foi encontrada uma terceira via, no secular  sistema eleitoral de apenas dois partidos.

O adversário já havia sido pré-derrotado pelo despreparo, descontrole e teimosia.

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3 thoughts on “POR QUE TORÇO PARA LULA NÃO SER CANDIDATO

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