6 de maio de 2024
Bastidores

Porque Fábio Dantas ainda não agregou ninguém da bancada federal do RN

Antes de ter seu nome lançado como candidato da oposição à Governadora Fátima Bezerra (PT), Fábio Dantas (SDD) declarou à imprensa que aceitaria o desafio se conseguisse UNIR  os adversários do PT no Rio Grande do Norte.

Sem conseguir a proeza, Dantas fez  uma bonita festa organizada pelo seu partido Solidariedade , prefeitos do estado, deputados estaduais, ex-governador, ministro.

Um dado relevante é que nesta “união”, não houve sequer a presença de um deputado federal ou senador da República.

E isso, apesar de não ser determinante para vitórias e/ou crescimento nas pesquisas,  diz muito sobre as dificuldades iniciais que o pré-candidato enfrenta nesta largada.

Senão vejamos.

O RN tem oito deputados federais e três senadores e nenhum, até agora, declarou voto a Fábio Dantas.

Dois senadores estão no palanque de Fátima Bezerra , Zenaide Maia ( Pros) e Jean Paul Prates (PT).

Styvenson Valentin (Podemos) poderá ser candidato ao Governo e, embora não tenha admitido ainda, figura nas intenções de voto com cerca de 10%.

Mas e os deputados federias, por que ainda não estão com Fábio Dantas?

Cada um com suas próprias razões, que nada têm a ver com projeto para o RN e/ou ideologia, esquerda ou direita volver.

Dos oito deputados, três estarão com Fátima.

Natália Bonavides (PT), Rafael Motta (PSB)  e Walter Alves (MDB). Estes não foram esperados e não poderiam estar presentes, mas e os demais?

Por que então a ausência de Benes Leocádio (UB), Beto Rosado (PP), Carla Dickson (UB), General Girão (PL),  João Maia (PL)?

Todos sem exceção da base Bolsolnarista na Câmara e contra o presidente Lula (PT), mas por que a indefinição?

Benes, recém-filiado ao União Brasil, chegou a ser lembrado como o nome da oposição para o Governo do RN, mas sua ausência se dá mais pelo compasso de espera do grupo liderado pelo presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira de Souza(PSDB).

Beto Rosado (PP) tem sua principal base eleitoral em Mossoró, cidade administrada pelo Solidariedade do prefeito Allyson Bezerra, que derrotou sua tia Rosalba Ciarlini (PP) . Grupos que não pretendem se unir em nome de Fábio, nem de ninguém no pleito de 2022. Uma equação difícil de resolver.

Carla Dickson, também do União Brasil assim como Benes, aguarda a definição do partido e do grupo de Ezequiel, que presidente o partido de seu marido, deputado estadual Albert, candidato à reeleição.

General Girão (PL), Bolsonarista raiz e P.O, gostaria de ter sido ouvido com maior deferência por Fábio Dantas. Está chateado pela forma que foi “atropelado” pelos ministros Rogério Marinho e Fábio Fabia, de quem sempre foi coadjuvante nos assuntos do RN. Para Bolsonaro, antiguidade nunca foi posto superior a Girão no tabuleiro potiguar.

João Maia (PL) apesar de ser do PL desde sempre e da base Boslsonarista desde que o Centrão passou a dar as cartas na Câmara, sempre teve boa relação com a Governadora Fátima Bezerra (PT) . Seus principais parceiros de eleição são da base do Governo Fátima na Assembleia Legislativa. Ou seja, não é inteligente para Maia levantar a bandeira de Fábio Dantas nessa altura do campeonato.

Assim, segue Fabio, caminhando e andando, tentando agregar, mas fazendo o jogo do contente :

– Ee eles vierem, tá bom. Se não vierem, tá bom também. 

O tempo dirá o que é apoio de peso. E se os caciques ainda fazem a diferença nas terras de Poti.

 

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