Pronunciamento de Bolsonaro teve solidariedade e vacina, só faltou … verdade
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional de televisão buscou tranquilizar os brasileiros.
Disse que 2021 será “o ano da vacinação”. Alguém acreditou?
Assegurou que as vacinas “estão garantidas” e apontou números colocando o Brasil entre os países que mais vacina no mundo.
Foi além ao prometer: “Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população.” E que “Muito em breve, retomaremos nossa vida normal” ou que “Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção de vacinas.”
Alguém acreditou? Otimismo demasiado ou desfaçatez em alto grau?
Arquivando o modo negacionista, Bolsonaro apareceu como um entusiasta da vacina. Fez autoelogios sem corar por ter enxergado a importância das vacinas desde os primeiros dias da pandemia. Comprou a de Oxford. Entrou no consórcio Covax Facility, da OMS. Adquiriu a CoronaVac, do Butantan. Intercedeu pessoalmente junto à cúpula da Pfizer. Adicionou doses de Janssen no cesto do Programa Nacional de Imunização.
Há videos que invadiram a internet logo após o pronunciamento, constando falas de ninguém menos do que Bolsonaro, desdizendo sua própria mensagem. São declarações ao longo dos meses sem precisar de qualquer edição e/ou comentário. É autoexplicativo. E autodestrutivo também.
Ah, segundo o jornalista Caio Junqueira da CNN o presidente Jair Bolsonaro optou por prata da casa para escrever sua fala ao povo brasileiro; o Ministro Fábio Faria (Comunicações) e o Secom, Almirante Flavio Rocha. Um roteiro e tanto..
Se faltou com a verdade então faltou o mais importante.
Um roteiro macabro, dissimulado.
Na vida, se falta verdade, transparência, falta tudo.