PSD do RN mais forte com Kassab e Robinson; Rodrigo Pacheco … não
O presidente do PSD, Gilberto Kassab esteve ontem no Rio Grande do Norte na manhã de sexta-feira, 26, para prestigiar o partido de Robinson Faria, a posse da vereadora Camila Araujo como nova presidente do PSD Mulher e falar sobre as novas normas para as eleições proporcionais de 2022.
Um discurso de fortalecimento da legenda.
Com a impossibilidade de coligação partidária nas disputas de deputado federal e estadual, o legislador quis endurecer na norma para reforçar a importância da fidelidade partidária de forma geral.
Ou seja, obrigar a mínima afinidade programática entre filiado e legenda.
E Kassab elogiou o que viu no Rio Grande do Norte.
Disse que o PSD nacional fez levantamento no Brasil inteiro e constatou que o pré-candidato a deputado federal que:
“(…) conseguiu o maior percentual de votos no seu estado foi Robinson Faria, algo extraordinário que não vimos em nenhum outro canto do país.”
O PSD do RN que tem uma vereadora em Natal, três deputados estaduais e só um, Galeno Torquato, compareceu ao evento, 18 prefeitos eleitos em 2020. Esta semana, perdeu o vice-prefeito Fernadinho, de Mossoró .
SITUAÇÕES LOCAIS X SITUAÇÕES NACIONAIS
No discurso de “fortalecimento” partidário do presidente Kassab fica difícil explicar, na semana que lançou o presidente do Congresso Rodrigo Pacheco, pré-candidato à Presidência da República, a situação Diretório potiguar, votando em Jair Bolsonaro no pleito presidencial de 2022.
O ex-governador Robinson Faria, depois de mais de 30 anos de vida pública, resgatou o antigo discurso do “subestimado menino de Osmundo” e tentou justificar a dissonância com a determinação da presidência nacional do seu partido.
Cada local é uma situação, aqui (RN), a nossa direção é de oposição a aula governadora, uma oposição responsável e que fiscaliza, as circunstâncias locais sempre se acomodam, o Brasil ainda tem um número muito grande de partidos e nos impõe como direção nacional a compreender as situações locais.
Mas votar em Pacheco não é o caminho para alinhamento com o Governo de Fátima Bezerra aqui. Onde o silogismo?
O PSD se propõe a ser uma alternativa para unir a tão falada terceira via. Onde o choque com a realidade local?
A divergência é nacional mesmo. Dando nome aos bois, é a opção do ministro Fábio Faria pelo Governo de Jair Bolsonaro.
Por situações locais leia-se a disputa pelo Governo do Rio Grande do Norte; oposição e situação.
Mas apoiar o presidente Rodrigo Pacheco é, sem sombra de dúvidas, situação nacional.
Se os diretórios estaduais do PSD não vão apoiar o seu candidato Rodrigo Pacheco, quem vai votar no candidato à Presidência dO PSD de Kassab?