4 de maio de 2024
CoronavírusPolítica

QUE NÃO SEJA POR FALTA DE EXEMPLO

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A Ciência convive com um enorme dilema.

Como conciliar a dúvida, um dos seus mais robustos pilares, com a necessidade das verdades serem aceitas para a formação do consenso.

A pandemia trouxe para o centro das discussões, como  adaptar o método científico à sua velocidade e aos estragos que não livram nenhum lugar do planeta.

Não teria como ser diferente, a interferência político-ideológica era inevitável.

Doença que não discrimina ninguém, que não respeita fronteiras, nem separa a humanidade em classes nem posses, avança sobre fragilidades construídas ao longo dos séculos.

O comando único para fins sanitários, via Organização Mundial da Saúde, eficaz em várias epidemias, falhou no seu maior teste.

A escassez de recursos, mal que só acometia as nações mais miseráveis, transformou velhos ricos em novos pobres.

Entrou pela porta da frente dos países que esbanjavam recursos, que lutavam guerras distantes dos seus territórios somente para ter onde gastar as sobras que não cabiam mais onde amealhar.

Na capital do mundo, a cidade mais opulenta e iluminada de todas, mostrou autoridade e força.

Botou pra dormir quem cantava a insônia crônica.

Mostrou que os hospitais mais equipados não davam conta dos pedidos de atendimentos.

Caminhões frigoríficos estacionados nas portas, novos cartões postais,  ensinando a impiedosa lição de como morrer à míngua.

Quando tudo estava colorido  nos mais escuros tons de cinza, a esperança renasceu como um radiante dia no inverno mais rigoroso.

A confiança na vitória mais uma vez aflorou das turbulentas águas da política, para  desembarcar em terra firme, no porto seguro das eleições.

Os cem primeiros dias da administração de Joe Biden é o maior lenitivo que o povo americano já recebeu em qualquer de suas gigantescas tragédias.

O político tradicional conquistou a nação dividida, sem rebuscada oratória.

Não apelou para o patriotismo.

Não espanou a poeira dos valores da sociedade, decantados em versos de ufanismo.

Não convocou as pessoas para sacrifícios que só punem os frágeis.

Não camuflou a verdade, nem dourou a pílula da realidade.

Não esperou que a solução surgisse da inércia.

O mais velho de todos os presidentes americanos,  escolheu a compaixão, o caminho a seguir com firme determinação.

Seu plano para solucionar o maior problema que seu país já enfrentou, para diminuir e evitar sofrimento maior, vestiu a túnica da caridade.

A ajuda que propõe não vislumbra  recompensas, reconhecimento de méritos,  nem votos futuros.

As ações que têm tomado são tão simples quanto generosas.

Em benefício do próximo, dos pobres e desprotegidos, o governo não tem outra coisa a fazer, a não ser tirar de onde e de quem tem.

Das reservas do tesouro.

Dos mais ricos.

Sempre invejado pela democracia, liberdade e estilo de vida, o povo americano dá mais um exemplo.

Para ser seguido, é preciso antes, vontade de mudar.

E um ato individual.

Nos Estados Unidos tudo começou com um voto.

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