Quem era a dama do Cerimonial da Posse de Lula…
A ideia era ser discreta.
Mas, por mais que tenha se esforçado, Ana Tereza Lyra Meirelles chamou bastante a atenção durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo, 1o, em Brasília.
Dizer que “roubou a cena” seria um clichê, mas —sejamos justos— foi o que aconteceu em vários momentos.
Advogada paraibana com título de expert em cerimonial e protocolo pela Universidade de Oviedo, na Espanha, Ana é a chefe de cerimonial da Presidência do Senado há oito anos (está na equipe há 17) e deixou embasbacados os espectadores que a viram em ação pela TV.
Ela conduzia e organizava cada detalhe da cerimônia e da chegada das autoridades, mostrando quem é que manda ali —mas sem per- der a ternura jamais.
“Que mulher maravilhosa é essa de vestido de bolinha, meu pai? Apaixonado aqui”, postou um usuário do Twitter, em um dos muitos comentários elogiosos à sua roupa e ao seu “porte”, que se repetiram ao longo daquele dia.
“Wandinha da posse” e “Mortícia”, numa referência à personagem da “Família Addams” foram outras associações ao seu nome.
Ser chamada de Mortícia ela não curtiu, apesar da pegada elogiosa dos comentários, talvez em menções sutis à sua semelhança, em alguns momentos, com a atriz Anjelica Huston, uma de su- as mais famosas intérpretes.
“Tomara que tenha sido um elogio mesmo…”
E o vestido? Um pouco abaixo do joelho (midi, para os íntimos), com estampa de bolinhas, cintura marcada e gola estilo colarinho, ele foi comprado por Ana em outubro, em uma das lojas da grife Hobbs, em Londres.
“Saí para escolher a roupa espe- cificamente para este evento e, quando bati o olho neste [modelo], adorei”, conta ela ao portal de entretenimento da Folha, o F5. “Não entendo muito de moda, vou mais no feeling”, admite.
Ao fazer uma autocrítica, ela acredita que acertou no mo- delito. “Acho que esse vestido tem um requinte e uma certa modéstia ao mesmo tempo”, define a cerimonialista. “Ficou discreto e delicado”, diz.
Fundada em 1981, a Hobbs é marca bastante conhecida na Inglaterra, não cobra preços exorbitantes e tem como uma de suas admiradoras a princesa Kate Middleton, da realeza britânica.
Vestidos, sobretudos, clutches… Kate tem várias peças da grife, algumas de menos de 100 libras (aproximadamente R$ 650 no câmbio atual).
A roupa que Ana usou na posse, aliás, saiu a 229 libras (cerca de R$ 1,5 mil). Trata-se do modelo Lilibelle, um dos best-sellers da marca.
Ao descrever o vestido que fez tanto sucesso (“é de seda pura, bem feminino”), Ana diz não saber como definir os vin- cos em preto na barra. “Fen- das?”, quer saber a repórter.
“Será? Não, fendas parecem outracoisa,nadaaver”,pen- sa alto, para em seguida su- gerir uma solução: “Vou per- guntar para mainha”.
Uma hora depois, pinga no WhatsApp a seguinte mensagem: “Olá! Apenas para lhe dar retorno quanto ao nome do detalhe na saia do vestido. Foi sugerido: Saia evasê com prega bicolor”. Viva mainha!
Fonte: Folha