1 de maio de 2024
Coronavírus

RECEITA RENOVADA

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As  muitas dúvidas, se a crise sanitária está de fato mudando os comportamentos, persistem.

As primeiras conclusões são desanimadores.

As aulas não param.

Presenciais e à distância. Método implacável, conteúdo denso.

Provas rígidas, sem direito à revisão, nem segunda época.      

Quem não se adaptar que procure outra escola.

Em outro mundo.

Muitos aprenderam nas primeiras lições, o suficiente apenas para passar de ano.

Outros, jamais esquecerão as aulas práticas nas frias noites dos hospitais. Ensinamentos para todo o sempre.

Estes, usarão do conhecimento para uma vida diferente.

Os sinais vagaram  por todos os campos, vilas e lugares.

Em Nova Délhi maravilhou um menino que ao ver  as estrelas pela primeira vez na vida, perguntou ao pai o que eram aqueles pontos cintilantes no céu.

Na Índia, o firmamento já se esconde de novo, na fumaça das fogueiras fúnebres dos crematórios improvisados.

Golfinhos que deram  cambalhotas na baía da Guanabara, em férias nas águas aquecidas dos mares nordestinos, se empanzinam do lixo que envergonha as praias.

Tartarugas não voltaram aos ninhos no aterro do Flamengo.

Nem  jacaré foi mais visto em passeio pela Jaguarari.

Sinais pálidos que vão sendo esquecidos.

A revolução dos bichos que ganhava  as ruas não mais empolga como antes.

A esperança de um líder, diferente do suíno Napoleão, agoniza.

Uma outra chance de repetir as velhas receitas de antigos manuais.

Que desta vez se aprenda para sempre.

Boas práticas de higiene. Cuidados pessoais, salvam vidas e  o planeta.

Sejamos obedientes a tudo que nos obrigavam fazer quando crianças.

Os velhos estavam certos.

Das poucas coisas que sabemos do invasor, dá pra definir uma estratégia simples.

Primeiro, cuidar das portas, mesmo as protegidas por vacinas,  por onde costumam entrar.

Não basta lavar as mãos e embriagá-las.

É preciso que não se meta o dedo no nariz nem coisa suja na boca.

As narinas são laváveis. Também por dentro. Tem quem não saiba disso. Água morna e uma colherinha de sal. Já é tempo de aderir à milenar prática yoga do Lota.

Além dos dentes, entre os dentes, sem esquecer a língua.

Escova e fio.

Gargarejos são bem-vindos.

Cabelos curtos, ideias longas.  E limpas.

Banhos, todos os dias.

Dois, enquanto a conta d’água permitir.

Boas maneiras, sem afetação. Sejamos reservados ao tossir e espirrar.

Uma pequena distância é boa e ele não gosta.

Comer, em cores, ao vivo e em pouca quantidade.

Baixar o peso. Controlar a glicemia e a pressão arterial.

Beber com moderação.

Meter a cara na água.

Tomar um alfabeto de vitaminas.

Movimento é vida.

Tem vida na cozinha, no jardim, no tanque, no esfregão, nas longas caminhadas.

Os melhores programas continuam em casa.

Até que cheguem notícias melhores.

Desligar um pouco das ruins . E dos correios que as trazem.

Vacinar e continuar desconfiando.

Enquanto isso, mascarados, (menos em casa e nos exercícios físicos ao ar livre), continuar  vivendo.

E rezando.

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Omulu/Obaluaê –  Orixá da Saúde e da Doença

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