RN surpreende com intenção de voto maior do que aprovação do Governo Fátima Bezerra
Do Globo
Com base em pesquisa Ipec divulgada nos últimos dias, boa parte dos Governadores do Brasil não conseguiu até agora converter em intenções de voto o maior volume de avaliações positivas de suas gestões.
Governadores que buscam novo mandato lideram as disputas eleitorais em 15 dos 19 estados nos quais há possibilidade de recondução, restando pouco menos de um mês para o primeiro turno.
Em São Paulo, único estado em que o titular do Executivo não aparece na ponta, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), terceiro colocado, mira nesta conversão de aprovação da gestão em votos de olho numa vaga no segundo turno.
Em outros três estados, Amazonas, Rondônia e Alagoas, os atuais governadores estão numericamente em primeiro, mas tecnicamente empatados com adversários.
Em sete estados, por outro lado, os atuais mandatários ultrapassam 70% das intenções de voto entre eleitores que aprovam suas gestões. Nesse grupo, estão candidatos como Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo, e Gladson Cameli (PP), no Acre, que têm ampla vantagem em relação aos rivais na corrida estadual, com possibilidade de vitórias no primeiro turno.
FÁTIMA CONSEGUE AMPLIAR INTENÇÃO DE VOTO SOBRE APROVAÇÃO DO GOVERNO
O melhor desempenho é da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que já tem o apoio de oito em cada dez eleitores que definem sua gestão como ótima ou boa.
Além de converter votos entre eleitores satisfeitos com o governo, Fátima tem intenções de voto gerais, de 46%, superiores ao índice dos que aprovam sua gestão, que é de 38%.
TL COMENTA
O desempenho de Fátima pode ser atribuído a engenharia política. O seu palanque, eliminando os adversários mais fortes nas pesquisas no período pré-eleitoral é a maior prova disso.
O entorno da Governadora sempre soube que sua aprovação como gestora não era o bastante para se credenciar à reeleição.
Assim, atraiu para sua chapa o ex-adversário de 2018, o ex-prefeito Carlos Eduardo e fechou com a vice ao MDB de Walter Alves, arquivando por completo o discurso contra as oligarquias de outrora.
Restou à oposição os melhores adversários que ela poderia sonhar; o ex-vice-governador Fábio Dantas – com o passivo de justificar quatro folhas do funcionalismo atrasadas – e o senador Styvenson Valentim, que faz o sacrifício de ser candidato sem fazer campanha presencial e dispensar o palanque eletrônico da Propaganda Eleitoral.
Eis um pouco da receita da Governadora, surpreendendo seus pares em todo país.
