Rogério Marinho e Arthur Lira unidos para modificar Orçamento
Da Folha
Não é novidade que o Ministério de Desenvolvimento Regional foi a pasta mais atingida com os cortes do Orçamento.
Agora, a ala política do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se alinharam para reverter alguns dos cortes .
Em entrevista ao canal da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) nesta sexta-feira (30), Lira afirmou que, na próxima terça-feira (4), o Congresso deve votar um projeto para ajuste do Orçamento, que, segundo ele, sofreu cortes que foram inadequados.
Lira disse que conversaria no fim de semana com ministros das áreas afetadas e com o relator do projeto no Congresso, e afirmou que o Orçamento será ajustado para não prejudicar os setores.
Na pasta de Marinho, os vetos podem paralisar já em maio 250 mil obras do faixa 1 do Minha Casa, que atende a população de renda mais baixa.
O programa tinha cerca de R$ 2,1 bilhão para o ano, segundo o Orçamento aprovado pelo Congresso, e ficou com pouco mais de R$ 100 milhões.
Além de obras de habitação, os cortes na pasta podem interromper ações de prevenção de desastres naturais, com obras de contenção de encostas, e contra cheias e inundações.
Na área de mobilidade, devem ser afetadas as obras de metrô em Fortaleza, São Paulo e Salvador.
Outros 200 empreendimentos de saneamento também devem parar até o fim do ano se o Ministério do Desenvolvimento Regional não receber mais dinheiro.
Marinho havia sido o maior beneficiário de recursos durante a tramitação do Orçamento no Congresso.
Agora, com os vetos, o orçamento da pasta recuou para aproximadamente R$ 13 bilhões —o menor valor durante a gestão de Bolsonaro. Em 2020 e 2019, esse montante foi, em média, de R$ 20,5 bilhões.