30 de abril de 2024
futebol

SALVEM O FUTEBOL

Futebol – Aldemir Martins (1922-2006)


A depender  das engenhocas eletrônicas que ocupam as telas de TVs e aceiros dos gramados mais cheios de grana, nem
Deus será poupado.

Não estaríamos recordando um dos gols mais famosos e inesquecíveis do futebol.

Quando usou Dieguito como cavalo para marcar o tento memorável da Copa de 86, Dios fez de mão.

Se quisesse diferente, teria soprado nas bochechas do apitador.

Afinal, Ele está em todos os campos, a tudo vê e nunca falha.

A tecnologia e seus arbitrários operadores estão fazendo o esporte bretão  perder muito da sua graça e  polêmica.

E toda a graça da polêmica.

A FIFA fica devendo uma explicação.

Ainda não definiu como se faz para descomemorar um pênalti ou gol marcados.

Como mandar de volta pra dentro dos pulmões, o grito de alegria.

Ou o impropério da revolta.

E a  quem interessa  acabar com os juízes-ladrões e suas queridas e jamais esquecidas genitoras?

Com a antipática regra, depois do silvo, o filho da mãe, pode simplesmente botar a mão na orelha, falar com seus parças e voltar atrás.

Muito parecido com  um FHC  mandando esquecer tudo que apitou.

Ainda resiste uma última esperança para salvar  o esporte-rei e a alegria dos brasileiros.

Entre tantas decisões superiores, só uma suprema canetada monocrática, do togado mais temível,  para restabelecer a ordem nos gramados e as 17 regras  pétreas do futebol.

Ungido por quem goleou pelos argentinos, já tendo  provado estar acima de todos e de tudo, até da CBF, resta o Caboclo Xandão para mandar este VAR pra PQP.

Time de Futebol – Aldemir Martins – serigrafia da Galeria de Arte Lívia Doblas, Campinas, São Paulo

                                          ***
(Em 20/06/2019,  ainda iludido,  o assoprador deste território esportivo, imaginava que o VAR não resistiria a um decreto-lei do capitão-presidente e duas twitadas do filho zero-três)

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