SALVEM O FUTEBOL
A depender das engenhocas eletrônicas que ocupam as telas de TVs e aceiros dos gramados mais cheios de grana, nem Deus será poupado.
Não estaríamos recordando um dos gols mais famosos e inesquecíveis do futebol.
Quando usou Dieguito como cavalo para marcar o tento memorável da Copa de 86, Dios fez de mão.
Se quisesse diferente, teria soprado nas bochechas do apitador.
Afinal, Ele está em todos os campos, a tudo vê e nunca falha.
A tecnologia e seus arbitrários operadores estão fazendo o esporte bretão perder muito da sua graça e polêmica.
E toda a graça da polêmica.
A FIFA fica devendo uma explicação.
Ainda não definiu como se faz para descomemorar um pênalti ou gol marcados.
Como mandar de volta pra dentro dos pulmões, o grito de alegria.
Ou o impropério da revolta.
E a quem interessa acabar com os juízes-ladrões e suas queridas e jamais esquecidas genitoras?
Com a antipática regra, depois do silvo, o filho da mãe, pode simplesmente botar a mão na orelha, falar com seus parças e voltar atrás.
Muito parecido com um FHC mandando esquecer tudo que apitou.
Ainda resiste uma última esperança para salvar o esporte-rei e a alegria dos brasileiros.
Entre tantas decisões superiores, só uma suprema canetada monocrática, do togado mais temível, para restabelecer a ordem nos gramados e as 17 regras pétreas do futebol.
Ungido por quem goleou pelos argentinos, já tendo provado estar acima de todos e de tudo, até da CBF, resta o Caboclo Xandão para mandar este VAR pra PQP.
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(Em 20/06/2019, ainda iludido, o assoprador deste território esportivo, imaginava que o VAR não resistiria a um decreto-lei do capitão-presidente e duas twitadas do filho zero-três)