28 de abril de 2024
Governo

Sérgio Moro deixa Bolsonaro com a caneta azul pendurada…

O pronunciamento do Ministro da Justiça Sergio Moro durou cerca de 40 minutos e caiu como uma bomba no Governo Bolsonaro. No Brasil. Nas bolsas. No dólar.

Moro integrou o Governo por um ano e três meses. Foi a chancela de probidade na entrada e não deixou dúvida alguma sobre sua sadia do Governo : não se submeteu à interferência POLÍTICA.

A demissão do Sr. Valeixo foi por cumprir seu papel de policial federal em cargo de comando. Isso Moro não topou endossar.

E disse que ainda toparia uma substituição por um nome técnico, mas não teve resposta positiva do presidente . Disse com todas as letras que o presidente não queria tê-lo mais em sua equipe. Embargando a voz, falou sobre o momento da nomeação.

Disse que lhe foi prometida carta branca, citando momentos que publicamente diverge das decisões tomadas. Falou em apoio recíproco e que não condicionou nomeação para o STF.

Das frases mais graves:
O problema é que nas conversas com o presidente é que não é só a troca do diretor-geral. Haveria a vontade trocar superintendentes, como o do Rio de Janeiro e Pernambuco sem que me fosse apresentado uma razão e uma causa”. 

Sobre sua experiência do passado deixou claríssimo que essa interferência não existiu em Governos anteriores. Do PT, portanto.

Lembrou a atuação do próprio Aleixo quando impediu a libertação do ex-presidente Lula por um Habeas Corpus dado por “juiz incompetente”.

Ainda em tom emocionado revelou que antes de sua nomeação pediu ao presidente que se algo que acontecesse, sua família não ficasse sem pensão. A forma escolhida por Sergio Moro, inclusive se deixando à disposição para o que o Brasil precisar é a confirmação do novo rosto do Governo Bolsonaro.

Setores da imprensa chamam de “cavalo de pau” e incluem nessa mudança a aproximação do presidente a políticos do chamado Centrão. A saída de Moro só vem a confirmar essa mudança.

Bolsonaro segue com sua caneta azul em punho.

Estará cheia de tinta? Até quando? Melhor;  o que tem Bolsonaro a dizer sobre o declarado neste dia 24 sobre seu Ministro mais popular?

A verdade de Moro é a de Bolsonaro,  até quando foi? Aliás, eles foram mesmo a “mesma pessoa “, como chegou a afirmar a advogada Rosângela Moro em momentos de tensão entre ambos?

Conclusão momentânea é que a saída de Moro não termina com a entrega da sua carta de demissão.

E não pelos seus algozes (corruptos) do passado – como querem crer os órfãos do Messias – esses já tiveram destinos traçados e estão fora do tabuleiro.

Mire-se  para os neo-algozes. Os que lhe prometeram carta branca na nova política e nunca deixaram de usar a caneta azul.

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