27 de abril de 2024
CULTURA

TCU quer saber por que verbas de TV são maiores para “emissoras aliadas”

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No Governo Bolsonaro o critério para divisão de verbas de publicidade nas emissoras de TV não atende a lógica do bom senso de quem tem maior audiência deve ser contemplado com maior investimento de mídia.

É isso que o Tribunal de Contas da União está investigando e o ministro Fábio Faria (Comunicação) vai ter que responder com interesses familiares contrariados e tudo mais.

A matéria está na Folha de São Paulo de hoje.

Embora seja líder de audiência, a Globo, tida como inimiga por Bolsonaro, passou a ter fatia menor dos recursos na gestão do presidente. Record e SBT aumentaram expressivamente sua participação. Os donos das emissoras —Edir Macedo e Silvio Santos, respectivamente— manifestaram apoio ao governo em diferentes ocasiões.

De 2018 para 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, a parte da Globo no bolo das campanhas da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), hoje vinculada ao Ministério das Comunicações, despencou de 39% para 16% — em 2017, havia sido de 49%. No mesmo o período, a Record ampliou sua fatia de 31% para 43% e o SBT, de 30% para 41%

A auditoria do tribunal foi feita para verificar indícios de direcionamento político no rateio da publicidade. O relatório sobre o caso, sob relatoria do ministro Vital do Rêgo, será julgado pela corte em data ainda não marcada.

Fábio Faria PROPÕE ACORDO 

“Por que não fazermos antes uma espécie de acordo? Um TAC [termo de ajustamento] não, porque não tem nada ilegal, mas um acordo envolvendo todas as emissoras, envolvendo o TCU, o ministério e a Secom, para chegarmos a uma unidade”, declarou.

 

One thought on “TCU quer saber por que verbas de TV são maiores para “emissoras aliadas”

  • observanatal

    O TCU não sabe? Como? Todo mundo sabe. Aos amigos/aliados tudo.

    Resposta

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