27 de abril de 2024
Imprensa Internacional

Transfobia à francesa

 

Duas mulheres espalharam rumores de que a primeira-dama francesa era uma mulher transgênero.

Sem leis específicas para combater fakenews, nem controle da mídia, a cidadã francesa recorreu ao velho código civil, que lá como cá, protege a privacidade das autoridades, suas famílias e das  pessoas comuns.

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La première dame Brigitte Macron. Foto: Stefano Rellandini / AFP


Brigitte Macron processa duas mulheres que espalharam rumores transfóbicos contra ela

Fonte: Le Figaro com Agência France Press, em 18/02/2022

A primeira-dama Brigitte Macron convocou duas mulheres ao tribunal de Paris por terem espalhado notícias falsas na Internet de que ela era uma mulher transgênero, apurou a AFP na sexta-feira 18 de fevereiro de uma fonte judicial,.

Neste processo civil, uma primeira audiência foi marcada para 15 de junho na 17ª câmara do tribunal de Paris.  A ação civil de mérito de Brigitte Macron baseia-se nas disposições do Código Civil relativas à privacidade, disse esta fonte.  Contactado, o advogado de Brigitte Macron não respondeu aos pedidos da AFP.

As duas mulheres designadas por Brigitte Macron apresentam-se como uma “médium” e uma “jornalista independente” que foi uma das principais retransmissoras desta notícia falsa. 

Elas transmitiram no canal do YouTube da “médium”, no dia 10 de dezembro, fotos da primeira-dama e sua família.  Segundo M6, os três filhos de Brigitte Macron e seu irmão aderiram a esta intimação em especial por atos de invasão de privacidade, violação de direitos de personalidade, violação de direitos de imagem.

Por vários meses, as mensagens foram fervilhando nas redes sociais para afirmar que Brigitte Macron, nascida Trogneux, seria de fato uma mulher transgênero cujo nome de nascimento era Jean-Michel.  Uma vasta conspiração estaria em ação para esconder essa mudança de estado civil, de acordo com essa notícia falsa que também declinou em acusações mais graves de pedocrime feitas contra a primeira-dama.

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