27 de abril de 2024
Política

TRUMP & LULA

 

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A reclusão não durou cinco meses, e ele já está de volta.

O mesmo.

Não perdeu a arrogância. Nem o topete.

Barrado nas redes sociais, percebeu, quem engorda a boiada é o olho do dono.

Juntou uma multidão em Wellington, uma cidadezinha de 4600 habitantes, no coração de Ohio e da América que o levou à Casa Branca.

Os analistas políticos decifraram a rentrée como uma vingança contra republicanos na Câmara e no Senado, apoiadores do seu impeachment.

O primeiro grande comício foi um sucesso e deverá ser o início de uma série programada em longa turnê.

Donald Trump voltou ao monotema da derrota para as urnas fraudadas e prometeu ganhar a terceira eleição seguida.

Não foi explícito sobre as intenções mas não há dúvidas, quer recuperar o posto perdido para quem não tem  idade nem mostra disposição para mais um mandato.

Abaixo do equador e de todos os índices de desenvolvimento, tem outro país e outro garanhão na ponta dos cascos para disputar o grande prêmio, no próximo ano.

Seu período de reclusão, bem maior,  foi medido em quase dois anos.

Livre perante as leis dos homens de toga, tem na absolvição provisória, a arma para explicar o passado.

A primeira grande  oportunidade de contato com o público, em protesto contra o adversário e pelos 500 mil mortos na pandemia, não foi aproveitada.

A caravana que cortaria de novo os sertões também vem sendo remarcada.

A dinâmica da política tem trazido incertezas se os índices das intenções de voto resistirão aos efeitos colaterais da CPI da pandemia.

Enquanto procurava provas  do negacionismo, desprezo pelas vacinas, transgressões às medidas de prevenção e loas a medicamentos milagrosos, as notícias vindas de Brasília eram barro de boa liga para jogar na cara do opositor e moldar  uma plataforma de governo.

Como daquela barriga está  saindo também, uma criatura gêmea, fora do radar, de todas as ultrassonografias, das bolas de cristal, dos búzios e do controle, talvez não seja adequado entoar a antiga canção de ninar votos.

A questão, se o combate à corrupção dos eleitos com a  bandeira lavada a jatos de decência, pode ser comandado por quem tem acusações canceladas por erros processuais mas registrados em todas as mídias e no inconsciente coletivo.

Trump ameaça voltar para redimir o pecado eleitoral e fazer seu país, de novo, o mais egoísta de todos.

Lula parecia ser o único com forças para impedir uma reeleição de favas contadas, antes da sucessão de erros do governo na crise sanitária.

Agora que a biruta está mostrando o vento mudar de rumo, até aprendiz de meteorologista pode prever o tempo que se aproxima.

Nem Trump, nem Lula.

O vírus, o novo grande cabo eleitoral, ainda não escolheu em quem vai votar.

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Trump e Melania; Lula e Janja

One thought on “TRUMP & LULA

  • Rogério

    O LULA É MUITO CARA DE MADEIRA EM APARECER, SE MOSTRANDO CANDIDATO, UMA PROVA QUE A JUSTIÇA, A IMPRENSA, PERDERAM TOTALMENTE A CREDIBILIDADE. DEUS NOS LIVRE DO CARA, DE PAU

    Resposta

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