4 de maio de 2024
Nota

Unanimidade no STF: Até indicados de Bolsonaro decidiram pela NÃO intervenção militar nos 3 Poderes

A ação julgada pelo STF foi apresentada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em 2020.

A legenda questionou o Supremo sobre interpretações do artigo 142 da Constituição Federal, que trata das Forças Armadas. Bolsonaristas frequentemente utilizam o trecho para defender uma intervenção militar “dentro da legalidade”.

Em 2020, Bolsonaro compartilhou uma entrevista do jurista Ives Gandra Martins sobre o artigo 142. Na live o jurista opinou sobre a “politização do STF” e argumentou que o trecho da Constituição poderia ser evocado de forma “pontual”.

Foi o argumento usado por muitos aliados do ex-presidente Bolsonaro para justificar o Golpe tentando depois das eleições de 2022.

Agora, não mais! Está decidido e reafirmado pela Corte Suprema do país e à UNANIMIDADE.

A decisão contou com o aval dos ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados à Corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sugeriu, em diversas ocasiões, que poderia usar os militares para solucionar impasses entre as instituições sem sair das “quatro linhas” da Carta Magna.

Mendonça e Nunes Marques acompanharam o voto do relator, o ministro Luiz Fux, na íntegra. Eles não apresentaram um voto separado.

No seu voto, Fux afirmou que a Constituição não prevê intervenção militar, tampouco encoraja ruptura democrática.

“Qualquer instituição que pretenda tomar o poder, seja qual for a intenção declarada, fora da democracia representativa ou mediante seu gradual desfazimento interno, age contra o texto e o espírito da Constituição”, escreveu Fux. Ele acrescentou que é urgente “constranger interpretações perigosas que permitam a deturpação do texto constitucional e de seus pilares e ameacem o Estado Democrático de Direito”.

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