Velho discurso contra oligarquias dará NOVO resultado a Kelps?
Arquivado um “celular na mão e um desejo no coração” , que embalou e empolgou a candidatura do deputado Kelps Lima à Prefeitura de Natal em 2016.
Com discurso rearrumado e bem dito, Lima, um prefeito “diferente” procura ser um terceiro com fôlego na disputa que pinta polarizada entre o prefeito Álvaro Dias – mesmo sem se assumir pré-candidato – e a incógnita do PT.
Para isso, relembra velhos discursos ouvidos por esta Natal desde a redemocratização quando Garibaldi Alves venceu Wilma de Faria, ainda Maia, em 85. Os tercius já estavam ali.
Posição ocupada pelos nanicos da época; PT, PDT, PC do B. Lideres de esquerda, que se alternavam com o mesmo ideal de combater a política tradicional.
Agora adiciona o ingrediente “ter origem popular” alçado à qualificação master de Fátima Bezerra na campanha do Governo em 2018, mas com linguagem exemplificativa.
O menino pobre do Alecrim, que não tinha creche e nem carro particular para ir à escola. O menino que pegava ônibus para conseguir se qualificar.
Kelps omite, por enquanto, que foi aluno do colégio Salesiano São José – um dos mais disputados pela chamada elite potiguar nas décadas de 80/90.
E que cursou Direito na UFRN, justamente, em razão desses, digamos, privilégios dignos de uma classe média potiguar .
Mas vem desse tempo sua amizade com o ora aliado Fábio Dantas, ex-vice governador, que pensa política no atacado e tem visão estratégica do jogo jogado. Leia-se tabuleiro posto nas eleições.
Talvez a ele já se deva a aliança de Kelps ao PSL ex- Bolsonaro. Um contraponto necessário à esquerda do Governo estadual. Um acesso ideológico ao Governo Federal, mesmo com o abismo criado entre o presidente e seu ex-partido.
No discurso contra Alves, Maia, Rosado, o deputado do Solidariedade inclui aí DIAS, sobrenome do prefeito que é único no seu clã com mandato nos últimos 40 anos .
Provavelmente quando seu pai, ex-deputado saudoso Adjuto Dias era liderança conhecida e respeitada no Seridó potiguar.
Mas Kelps no vai e vem, entre pobres X ricos, oligarquia X inovação, o político que está em seu terceiro mandato na Assembleia Legislativa foi apoiado e apoiou outros tantos, integrou a polêmica administração de Micaela de Sousa.
Entre as diferenças e o entusiasmo, pinça-se também a velha prática das promessas; ele promete – e é aplaudido – que :
Não haverá um filho de pobre sem escola, sem creche e sem refeição em Natal.
“Esse sonho a gente precisa construir junto. Não precisa ter medo”!
Como, quando e onde conseguirá recursos para esses sonhos de todos, passado e futuro, oligarcas ou não, ainda não revelou.
Mas, calma, a campanha ainda nem começou…
Nasci no Alecrim, nunca tive motorista para me deixar na escola, continuo pobre, mas continuo com a dignidade que Kélps perdeu ao se mostrar como novo mas agir como tudo aquilo que ele diz ser contra.
Kélps não diz como fazer porque ele não sabe, e quando diz que sabe, é um esboço, é pura demagogia.
O deputado do Solidariedade acha que é único provido de inteligência na terra de Poti, como dizem. Acha que a massa não está cansada de ouvir promessas. Por falar em promessas, qual a promessa feita ao PSL, o partido que já foi de Bolsonaro? O presidente da república deixa claro que o PSL não o representa mais, será que os bolsonaristas serão enganados como Kélps acha que serão? Será que a direita será enganada por alguém que atraiçoa e renega o passado e fará o mesmo com eles?
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