4 de maio de 2024
Política

SEGUNDAS IMPRESSÕES

Retrato do Presidente Jair Bolsonaro (2020) – Romero Brito


O que foi postado neste mesmo quadrado de cada qual, do Território Livre, nas comemorações  do primeiro semestre do governo Bolsonaro, merece uma releitura e pelo menos uma reflexão:

Não tem jeito dessa turma do último andar se emendar?

 

­PRESIDENTE. SEGUNDA IMPRESSÃO


De uma coisa ele não pode ser acusado.

Da falta de  autocrítica.

E de sinceridade.

Agora mesmo,  em visita aos hermanos del sur, repetiu o que havia afirmado na curta campanha eleitoral.

Economia não é o seu forte.

Também não parece ser seu único ponto fraco.

Mais uma vez teve de ser socorrido pelo Ipiranga Guedes.

Não alcançou que o peso-real é coisa para vinte anos  quando o mundo deverá concentrar apenas cinco moedas.

Isso se não surgir uma só, a super-bitcoin.

Os outros  trinta anos de deputância, no baixíssimo clero,  quase nada acrescentaram à bagagem (de mão) que levou para o executivo.

Como a turma do fundão que não aprende, demonstra noção apenas rudimentar das atribuições reservadas ao dirigente máximo.

São tantas caneladas.

Das normas do trânsito às planilhas de preços dos combustíveis, passando pelas reservas ambientais e composição religiosa do STF.

Seu entorno mais íntimo  ajuda pouco.           Quando não atrapalha.                                          Muito.

O garoto-caçula escreve por linhas tortas tudo e mais alguma coisa do que acha que possa passar pela cabeça do papi.

Que assina embaixo.

Apesar das repetidas analogias matrimoniais, não parece escutar a primeira-dama.

Nem quando ela fala na linguagem de libras.

Sua inconsistente base parlamentar é bem representada pelo deputado Hélio (ex-Negão) Lopes. Muita  pose de papagaio do pirata. E só.

Quem disse não ter nascido pra ser Presidente mas embarcou na canoa e chegou ao destino, precisa, com urgência, de um curso intensivo de Liturgia do Cargo com o Prof. José de Ribamar.

Primeiro passo para não ficar (mesmo depois de Dilma das Nuvens) conhecido pelo epíteto, o precário.

***

N. R

Depois, não digam que não avisei.                        Antes.

 

Em 2011, Romero Britto comemorou a posse da presidenta Dilma Roussef com um anúncio de página inteira na revista dominical do The New York Times

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *