30 de abril de 2024
BusinessImprensa Nacional

“Vender roupa está mais difícil na pandemia”, diz diretor da Riachuelo

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Desde que a pandemia começou, as pessoas mudaram seu jeito de se vestir. Saltos altos e calças sociais deram lugar a moletons, pijamas e roupas largas para usar tanto em casa quanto para dar um volta na rua.

A mudança foi tão dramática que os varejistas de moda tiveram um choque: viram coleções inteiras encalhar nas araras. Afinal, comprar roupa deixou de ser uma prioridade.

Na Riachuelo, uma das maiores redes do setor no Brasil, esse choque, agora, está sendo a linha condutora de um reposicionamento de marca que tenta entender o novo comportamento de consumo.

“Não vamos mudar logo nossa identidade corporativa, mas sim nosso jeito de elaborar as coleções, uma vez que as ocasiões de uso agora são totalmente diferentes. A relação que as consumidoras têm com a moda também mudou”, diz Elio Silva, diretor executivo de canais e marketing da Riachuelo.

Em 2014, a empresa fez alterações, após 15 anos, inclusive no logotipo. Abriu lojas em lugares nobres, como a Oscar Freire. A ideia era fazer frente a varejistas internacionais que desembarcavam no Brasil: Gap, Forever21, entre outras.

Agora a Riachuelo não quer mais se inspirar no que é feito na moda lá fora. Montou um painel com mais de 1,7 mil mulheres de todo o País para pesquisar o que a brasileira quer vestir. “Também estamos conectados ao que se fala nas redes sociais e fazemos ‘hunting’ (observação) nas ruas”, diz Silva.

“Vender roupas está mais difícil. Por isso decidimos mudar e prestar mais atenção na consumidora. Vimos que as pessoas querem usar em casa uma roupa confortável e que dê para sair com ela para rua, se for preciso.

Também notamos que nunca se usou tanto tênis como agora. E sapatilhas”, afirma Silva.

“As pessoas querem usar moletom, mas não aquele supermolenga, que marca no joelho quando a pessoa senta. Precisa ter um pouquinho de estrutura.”

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