11 de maio de 2024
Coronavírus

AO VENTO DIVINO

148CE66A-11C6-42B1-A925-8687A9D5FB51Contemporâneos da maior ameaça à sobrevivência da humanidade, não entendemos bem o que enfrentamos.

Táticas de combate nunca estudadas, armas invisíveis e desconhecidas, tudo faz o exército de defesa, atônito. Impotente.

Atordoados, os comandantes não sabem como conduzir suas tropas.

O arsenal bélico, utilizado antes com sucesso, mesmo se tivesse algum poder de fogo, é insuficiente para enfrentar tantos invasores que se multiplicam e se transportam sem serem detectados pelos mais modernos radares.

Nas terras arrasadas por onde passou, o inimigo não enfrentou nenhum reação que não pudesse aniquilar ou colocar fora de combate, em pouquíssimo tempo.

Sua trajetória é a única informação que se pode confiar com alguma previsibilidade.

Não se consegue calcular com segurança, a  data prevista para desembarque.

Parece até que por todos os lugares, onde ainda reina alguma calma e muita expectativa, seus espiões já estão instalados. Esperando o momento ideal para o ataque.

As menores perdas e os melhores resultados foram vistos onde os invadidos adotaram a estratégia do não enfrentamento.

Onde a principal preocupação é identificar as virtuais vítimas, ainda inatacadas ou antes de serem cooptadas e passem a ajudar os destruidores.

Fazê-las deixar de circular. Entender que o isolamento social é quase tudo que pode ser feito. Independe de governo. É atitude individual e intransferível.

Esvaziar todos os alvos mais evidentes. Quando chegar a hora do confronto, os agressores encontrarão os quartéis vazios.

Há um batalhão sempre presente em  todos os embates que já foram travados.

Desta vez, nesta nova guerra, por todas as evidências, suas incursões nas batalhas que se tem notícias, não têm sido tão eficazes como outrora.

É necessária a reflexão. Se enviar jovens médicos para combate no front, tem realmente serventia. Se não estão sendo usados na infantaria já se sabendo que  serão as primeiras baixas.

Nas estatísticas, os profissionais de saúde, sem terem suas retaguardas devidamente protegidas, têm sido os primeiras e os mais severamente atingidos.

Quando se diz que o médico é quem escolhe quem deva ou não ser tratado, é violência tão grande quanto o próprio ataque inimigo.

4CC8BFA3-4812-4F15-888D-4E7632B4CB00Quando se deixa um jovem médico, sem equipamentos de proteção individual adequados, numa UTI pobremente abastecida, é o mesmo que dar uma ordem a um piloto para atacar numa missão sem combustível para a volta.

Que, por desconhecimento,  não permitam o sacrifício precoce de quem pode salvar tantas vidas depois que o tormento passar.

Eles são valorosos guerreiros.

Muitos já têm, no peito,  uma admirável coleção de medalhas por bravura.

Não merecem ser usados como kamikazes.

Não é possível que, ao vento divino, não se evite esta outra tragédia

2 thoughts on “AO VENTO DIVINO

  • Geraldo Batista de Araújo

    Tenho mais medo dos boatos que dos fatos. Virei prisioneiro no meu próprio lar. Já estou com um pouco de depressão.

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    • Domicio Arruda

      Professor,
      O que o senhor está fazendo é o mais importante. Começamos mais cedo que na Itália e São Paulo. Aqui os estragos serão menores.

      Resposta

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