4 de maio de 2024
Coronavírus

VERDADES REVELADAS

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Enquanto ativistas recusavam o  uso das máscaras de proteção facial, por razões raciais, pela única cor,  branca, a pandemia mostrava  que há um componente étnico na evolução da doença.

Na gravidade dos casos.

No país das estatísticas, as oficiais ainda não estão sendo divulgadas.

Repórteres investigativos revelam que em Nova Iorque a mortalidade é maior  entre negros e hispânicos. E muito mais entre os  negros e hispânicos mais pobres.

O quadro se repete em outras cidades.

O novo coronavírus está matando afro-descendentes em índices mais elevados que a população em geral da Louisiana, Michigan e Illinois.

São pessoas que não têm acesso aos melhores  hospitais. Sem seguros de saúde, são atendidas pelo Medcare, o sistema público, de precariedade conhecida para os padrões americanos.

Quanto aos idosos, o primeiro grande grupo de risco,  houve uma  correção  para separar o subgrupo dos idosos que vivem em asilos. Mais da metade dos óbitos na cidade com maior número em todo o mundo, ocorreram em lares e abrigos para velhos.

Não só a idade e co-morbidades contribuem. A assistência é fator. E vetor.

Ao trocar uma fralda ou ajudar alguém a dormir, não há distanciamento social.

Não há pessoal suficiente, equipamento de proteção e testes suficientes, o que permitiria que as casas isolassem as pessoas infectadas. Moradores e profissionais.

Cuidadores passam de um asilo para outro. Lá também é comum o múltiplo emprego.

Os idosos ricos  mantêm um  só cuidador, exclusivo, bem remunerado e  que permanece na rígida quarentena domiciliar.

Os números têm sido mais suaves com eles.

Também já é aceito que obesidade é o preditor mais importantes da gravidade da doença por coronavírus.

É uma descoberta alarmante para os Estados Unidos, que tem uma das maiores taxas de obesidade do mundo.

Embora as pessoas gordas freqüentemente tenham outros problemas médicos, os novos estudos apontam a condição em si como o fator de risco mais significativo, após a idade mais avançada, para motivo de hospitalização pela Covid-19.

Jovens adultos com obesidade parecem estar em risco particular.

A lição que chega da América é que não basta ter leitos de UTI.

Tem que ter leitos de  UTI  de qualidade.

Com equipes de intensivistas treinados, de verdade.

No Einstein e no Sírio, os mais renomados hospitais paulistas e os primeiros a prestar atendimentos quando da chegada da pandemia, em centenas de casos tratados, só houve 1 morte em cada um deles.

O achatamento da curva já livrou Natal do hospital inflável.

Que as notícias que chegam, desviadas das previsões aterrorizantes, com verdades reveladas, possam carrear os recursos para leitos em hospitais reais, de pedra e cal, em UTIs de verdade. Com intensivistas, idem.

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