CPI MORENA
Há um ano, o resultado da eleição municipal não trouxe surpresas.
Mesmo as pesquisas em rebanho, maria vai com as outras, das últimas horas antes da confirmação dos votos, acertaram no primeiro turno e no Álvaro.
Tendo ocupado um desonroso quarto lugar, para um candidato reincidente, o deputado que agora volta às manchetes como réplica de Randolph Frederich, na CPI dos 300 respiradores invisíveis e mal pagos, lança suspeitas infundadas a funcionários públicos de escalões inferiores, mas não explica a mancha branca na sua vida pública.
Depois que o Ministro Ricardo Lewandovsky determinou monocrática e liminarmente que a cota financeira para candidatos negros fosse aplicada naquela eleição, muito neguinho (no sentido carinhoso, à Glória Maria da palavra) tirou vantagem e naco no milionário fundo partidário.
Data venia do ilustre jurisconsulto de São Bernardo do Campo com nome de craque polonês, sua determinação, para ser perfeita, carecia de um adendo.
Para os devidos efeitos legais, paralá, paralá, vale a cor declarada até o dia da publicação do dispositivo legal. (Dê-se redação na forma da lei)
No intuito de diminuir as diferenças, dar mais condições de igualdade e aumentar a representatividade das minorias na política, a decisão é inquestionável e merecedora de todos os cautelares elogios, politicamente corretos.
Foi o início da vigência da norma que pegou muita gente de surpresa.
Ninguém esperava tanta celeridade, como se fosse mais um processo anulado a que respondeu, o mais ilustre dos pernambucanos.
Os sete meses de proibição do acesso às praias e o confinamento provocavam um fenômeno que poderia alterar a composição racial no censo adiado do IBGE.
Mesmo assim, foi observado um raro fenômeno de desclareamento cutâneo coletivo.
Farmacodermatologistas admitiam que nada poderia ser feito numa campanha de duração tão curta, sob perigo da pele exposta ao sol em excesso, descascar. E acabar dando na vista, na fila do escrutínio
A experiência com critérios semelhantes para ingresso nas universidades públicas, gratuitas e de qualidade, por meio de cotas, tantos os tons declarados, não poderia ser considerada exemplar para efeitos eleitorais.
Foram inúmeros os casos de calouros de peruca black power e lentes de contato de íris de graúna, que o eleitor logo perceberia os falsos pelés.
Não houve tempo hábil para a necessária e rigorosa observância fenotípica e muito menos, dosagem de melanina no sangue.
Um recall que desse chance aos candidatos a arrochar mais nas tintas pardas, não foi exigido.
O preclaro postulante recalcitrante, com nome de drops, antenado em novas tecnologias digitais, muitas ideias na cabeça e um iPhone 11 pro max na mão, foi quem mais surfou a onda crioula.
Ao ser apresentado no último debate, deixou muita gente sem ligar o nome à pessoa.
Informações de fontes inseguras e suspeitas, davam conta da preparação secreta feita pelo loquaz parlamentar.
À época, comentaram os fiscais da vida alheia, teria havido um rigoroso tratamento secreto no Rio de Janeiro.
Em badalado spa no Vidigal.
O novo mulato teria feito dois ciclos completos de bronzeamento na laje.
Se a CPI cover quiser esclarecer toda a verdade, é só convocar, do além, o cientista Johann Mendel para explicar suas leis.
