Coronavac: acreditar em cientistas ou na tia do zap?

URGENTE!!!! Anuncia a rádio oficial do bolsonarismo: a eficácia geral da vacina do Butantan é de 50,38%.

O tom é de comemoração por uma resultado aquém da expectativa gerada com o primeiro anúncio, que a vacina impede mortes e internações pelo Covid-19 em 100% dos casos testados. Isso, sim, faz toda a diferença.

Parece estranho que a mesma fatia da sociedade que prescreve vermífugos – com eficácia questionável – para matar o vírus seja a mesma que influencia a pessoas do grupo não tomarem vacinas que COMPROVADAMENTE salvam vidas.

Nessa “fatia”tem-se gente que deveria ajudar a informar melhor, a convencer o comportamento adequado, estimular a paz.

Parece desumanidade. E é. Parece desonestidade intelectual. E é. Parece falta de empatia com mais de 200 mil famílias enlutadas no Brasil. E é.

A notícia dos 50% gerou irritação em setores da comunidade científica do país.

Mas em relação a forma da comunicação adotada pelo Governador João Doria.  Jamais por sua eficácia e necessidade do momento em que milhares de pessoas morrem a cada dia.

O comportamento é de quem se preocupa mais com a preservação de votos e liderados do que a de vidas.

E é aí que mora o perigo. Há método em tudo isso desde que meios de comunicação quando são desacreditados em detrimento de informações disparadas por robôs de carne e osso, as famosas tias do zap – o aplicativo mais usado em celulares repastando notícias verídicas e outras tantas sem qualquer veracidade.

Jornalistas não são pessoas credenciadas para defender pontos de vista científico, mas têm obrigação de divulgar estudos e apontamentos de pessoas com capacidade para tal.

É o caso de cientistas, médicos, pesquisadores. Nunca antes tão presentes na mídia de qualidade.

E é com base na palavras deles, que devemos nos proteger nessa guerra, onde vidas pouco importam.

A cientista Natalia Pasternak, por exemplo,  é bióloga e cientista da USP com formação em microbiologia. Ela tem olhar crítico sobre várias vacinas anunciadas no mundo. Tem conhecimento para tal.

Hoje, foi questionada sobre os tais 50% da Coronavac, e foi enfática:

Nós temos uma boa vacina. Não é a melhor vacina.

Mas uma boa vacina, que foi testada num teste clínico rigoroso, dentro do padrão de maior rigor. 

São bons resultados, resultados honestos. Eu quero essa vacina. Eu quero que meus pais tomem essa vacina. 

Taí uma boa notícia para as “tias do zap” repassarem à exaustão; TEMOS UMA BOA VACINA, EU QUERO ESSA VACINA, EU QUERO QUE MEUS PAIS TOMEM ESSA VACINA.

Ninguém vai virar jacaré ou cuca. Mas pode virar caveira, se não tomar.