26 de abril de 2024
Bom Saber

Dois Papas era pra ser só um; o Francisco

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O cineasta Fernando Meirelles foi o entrevistado de ontem no Roda Viva.

Falou sobre cinema, cultura, meio ambiente, Oscar e Dois Papas, claro.

De pronto, uma novidade; o filme diálogo entre os dois Papas da Igreja  com pensamentos antagônicos da Igreja Católica era para ser a história do Papa Francisco.

Somente pertinho de ficar pronto é que sofreu a transmutação para Dois Papas.

Meirelles deixou clara intenção de abordar a polarização que o mundo vive e a Igreja também. A possibilidade de diálogo e respeito entre contrários.

Um agnóstico que se permitiu repensar valores e até a reconhecer a importância/necessidade da confissão. Para católicos e não católicos. Um zerar do jogo com a possibilidade de recomeçar a partir do reconhecimento dos próprios erros.

Ah, a nossa senhora da auto-crítica tão rara e tão necessária para este mundo de intolerância e julgamento/execração de quem pensa … diferente.

Sobre a indústria do cinema, mais um revelação interessante, as plataformas de streaming – Netflix e cia limitada – podem ser a salvação do cinema. E até querem/pretendem conviver de forma mais harmônica com a sétima arte.

Embora a recíproca não seja tão verdadeira. Meirelles declarou a dificuldade para rodar Dois Papas em salas de cinema; “até as independentes colocaram dificuldades”.

No caso, um acirramento anterior ao da polarização político-ideológica. A reserva de mercado.

Dois Papas concorre a três estatuetas do Oscar no próximo domingo. 

 

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