26 de abril de 2024
HistóriaHomenagem

ELES MERECEM

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Só o tempo e a
História são capazes de fazer o julgamento justo dos que nos antecederam.

Alguns ganham o reconhecimento coletivo e homenagens para nunca serem esquecidos e sirvam de exemplos.

Saber quem merece mais nas dosimetrias honoríficas não é tarefa fácil.

O Ministro do Trabalho que durante sua gestão, instituiu as bases da Justiça do Trabalho, promoveu a regulamentação do trabalho feminino e do horário de trabalho na indústria e no comércio, ocupou-se da organização de sindicatos profissionais e instituiu a carteira profissional, tem valor.

Polivalente, foi também Ministro da Aeronáutica e estimulou a criação de aeroportos para a aviação comercial.

Desempenhou papel importante nas negociações entre os governos brasileiro e norte-americano que acabaram levando à cessão de pontos do litoral como bases militares dos Aliados.

E colocou Natal no mapa da guerra.

O gaúcho Salgado Filho prestou serviços e  potiguares foram gratos.

Como vão esquecer agora, o conterrâneo Nevaldo Rocha?


(Publicação original em 23/06/2019)

DOIS DISCURSOS

Gettysburg, Pensilvânia.

Um pequeno discurso de menos de dois minutos, há mais de 150 anos, é o mais famoso já feito por um político.

Com ele,  o Presidente Lincoln homenageou  os que morreram na batalha que apressou o fim da Guerra da Secessão, reafirmou  princípios de liberdade e assumiu compromisso com um país a ser reunificado sob um “governo do povo, pelo povo e para povo”.

Nova Cruz, Rio Grande do Norte.

Outro pequeno discurso, há mais de cem anos, na plataforma da estação de trens, nunca foi esquecido.

Por outros motivos.

O Capitão José da Penha em seu raid de oposição à oligarquia ( já tivemos isso por aqui) Maranhão,  é recebido com hostilidade pela claque organizada pelos chapas-brancas.

Sob vaias e apupos, precisou apenas da introdução e do vocativo para lançar uma maldição da qual, muitos acreditam, a cidade nunca se livrou:

“Nova Cruz,

Nesga do Rio Grande do Norte.

Pedaço infeliz da Rússia.”

Apesar da agressão verbal, o desafeto militar que morreu no Ceará, em combate contra  milicianos ligados ao  Padre Cícero Romão Batista, é nome de uma das principais ruas da cidade.

Visitada por ele aquela única vez.

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