26 de abril de 2024
Política

UMA MULHER, SOLO

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Não é fácil a vida sob holofotes. Ser alvo permanente das atenções.

Mesmo que saiba que nunca estará no epicentro,  muito bem ocupado  por quem não arreda o pé, nem que a vaca cante funk. Ou seja ameaçado de impeachment.

Coisas que todos pensam e falam, quando ditas por ela,  vão direto para as capas dos jornais. Dá em todos os blogs. Vira trending topic.

Polêmica certa.

Filha de pastor, ela mesma pastora neo-pentecostal, exerceu seu ministério na Igreja da Lagoinha e na do Evangelho Quadrangular.

Advogada, defensora dos direitos dos descapacitados, foi assessora parlamentar em Brasília, por mais de vinte anos.

Auto-reconhecida, mestra em várias áreas do Direito, com títulos concedidos pelo Velho Testamento. E sem firmas reconhecidas.

Até quando não fala, provoca reações desmedidas.

Sua mudez performática no púlpito de uma coletiva, deixou uma dúzia e meia de repórteres atordoados. Ninguém lembrou que o silêncio vale ouro.

Pela reclamação histriônica, talvez só do que disse  Bernard Shaw :

-“O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo.”

Até o que é aceito  no catecismo, quando repetido pela ministra da palavra, é ridicularizado.

Se Deus está em todo lugar e a Santíssima Trindade é dogma, por que o filho unigênito não pode ser encontrado também no alto de uma árvore frutífera, uma goiabeira?

Por que tanto espanto com o refrigério de mais uma alma atormentada?

Quem já foi a alguma festinha para revelação do sexo da criança, nas torcidas uniformizadas em cores, sabe muito bem quem vai vestir azul e quem vai vestir rosa. E até quem vai ter baile de debutante.

Duvidam até das suas observações anatômicas.

-“Sexo virou coisa de esquerda.”

No que toca ao masculino, as estatísticas sobejamente comprovam.

Só não se sabe ainda, se a preferência é consequente às posições assumidas pelos jacobinos na Revolução Francesa.

Agora, a intransigência ataca outra vez.

8AAB9A7A-3283-407D-9D6C-81F0B5909B81Bastou a afirmação comezinha que abstinência sexual previne gravidez, para emprenharem pelos ouvidos.

Não dá nem pra imaginar se  o Ministério da Família da Mulher e dos Direitos Humanos defendesse como políticas públicas, outros métodos  anticoncepcionais.

Já pensou se a ministra-pastora tivesse procurado inspiração bíblica no que foi empregado (e descrito com detalhes, na santa escritura), pelo filho de Judá, segundo esposo da viúva Tamar?

O destino de Damares estaria nas mãos de Onan.

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