FÁTIMA, PRESIDENTA DO BRASIL

 

Em entrevista a emissora de rádio local, o Profº Fernando Haddad lembrou da colega de magistério como um nome, entre outros poucos notáveis do Partido dos Trabalhadores, para a disputa presidencial no ano que vem.

Não foi um simples gesto de simpatia, por estar falando a jornalistas potiguares.

Há cinco meses, entrevistado pelo Diário  do Grande ABC, no seu quintal de São Bernardo do Campo, estrela de maior brilho já tinha o mesmo pendor pela companheira de estrada em tempos mais difíceis.

Tem experiência testada e capacidade comprovada.

De militante e sindicalista, passando pelos cargos de deputada estadual por várias legislaturas, eleita com consagradoras votações para as duas câmaras altas, até conquistar o galardão de governadora, depois de tentar sem êxito por quatro vezes, a prefeitura de Natal.

O PT que já recebeu a unção dos enfermos por mais de uma vez, ainda é o partido com maior número de deputado federais e tem dado sinais de não desejar abrir mão da cabeça de chapa na eleição plebiscitária que decidirá se Bolsonaro continua. Ou se, desta vez, Ele não.

Lula ainda espera um milagre dos santos mártires do STF mas cabreiro, realista  e entendido, procura um candidato com mais de nove dedos para recompor o formidável capital eleitoral que lavado a jato, desbotou suas bandeiras vermelhas.

Não é simples coincidência que as duas maiores figuras do partido que depois da Arena dos generais e dos governistas congênitos, foi o maior do ocidente, tenham a mesma ideia.

Devem ter visto na conterrânea por adoção, qualidades que a paixão política embota em alguns enviezados olhos potiguares.

Para os que acreditam que nossa timoneira não trocaria uma reeleição tranquila, sem concorrentes, a fidelidade ao guru-mor pode fazer a diferença na hora da corajosa decisão.

Fátima Bezerra, primeira mulher de origem popular, eleita presidenta do Brasil, nestas   beiras da grande ria, teremos a jamais sonhada  oportunidade de completar dois episódios trágicos da nossa história.

O mandato de Café Filho subtraído por golpe branco, travestido de tratamento de enfarte do miocárdio.

Na segunda intentona, a efetivação  do vice-governador por oito meses é uma oportunidade para os comunistas comedores de fígado de camarão, mostrarem que podem realizar a missão que os revolucionários de 1935 não tiveram tempo nos quatro dias de governo.

Boa de palanque e voto, nossa governadora tem qualidades sobejamente conhecidas pelos eleitores domésticos, capazes de chacoalhar a militância Brasilzão afora e  juntar os votos escarlates que estão se desbotando por outras legendas de paletas de cores mais suaves.

Única do gênero a conquistar um governo estadual na eleição passada, o partido não tem melhor quadro para corrigir seu maior equívoco e mostrar que uma presidenta pode dar certo.

Começaria tudo outra vez com uma mulher do povão que conquistou seu lugar no cenário nacional com muito estudo, trabalho e luta tenaz.

Professora, uma vida dedicada ao magistério, haverá de colocar a Educação no centro do debate dos grandes problemas nacionais.

Não se pode duvidar de quem resistiu ao golpe e tem o que mostrar.

A onda Fátima é tudo que as esquerdas precisam para se unirem novamente.

Vamos com Fátima.                                                      Ela sabe administrar.