26 de abril de 2024
Coronavírus

NEGÓCIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

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Saem as commodities, entram os equipamentos médicos e de proteção individual.

De alguns, a valorização ultrapassou os 1000 %.

Obraram milagres.

Ao ponto de uma compra governamental ser feita com pagamento antecipado.

Para entrega em 90 dias.

Mercado tão aquecido que a clientela chegou a fretar avião para receber as compras em qualquer lugar do mundo.

Teve quem desse o drible da vaca na Receita Federal, comprado na China e despachado para o Maranhão, via Etiópia.

Solidariedade entre comunistas ou no futuro vai se ficar sabendo de outras babas, além da sonegação dos impostos.

Os ventos estão soprando, nestes tempos de angústia, medo, hospitais infláveis, hotéis que viram hospitais, hospitais sem aparelhos de RX, testes falso-positivos, testes falsos,  para quem tem tino para o comércio internacional, bons relacionamentos e lábia.

         (Publicação original em 13/05/2020)

                  SELFIE TRAIÇOEIRA

Maio de 2019, Campina Grande, Paraíba.

Cronista social, blogueiro e promoter  recebe ligação de um novo e promissor cliente.

Nestes casos, o prego é batido com menos marteladas,  num almoço de negócios.

De preferência, no melhor restaurante, recentemente inaugurado.

Vamos às apresentações. E à  estória.

Nascido em Guarabira. Único filho, torto, de um rico (bote rico nisso) empresário paulista. Ainda muito jovem e já cheio de responsabilidades.

O pai morreu repentinamente e o paraibano que já era executivo na empresa, vira CEO  da maior companhia de táxis-aéreos do país.

Na cidade, só um pitstop. Veio organizar uma grande recepção para comemorar o aniversário da mãe. Precisava de apoio local. Dispunha de dois meses para as providências.

Muita conversa revelou um apaixonado pela aviação. E um filho  extremoso.

Detalhes anotados. Tudo certo e acertado.

Antes da sobremesa e na falta de outras notícias, a visita do conterrâneo tão ilustre, acabaria nas redes sociais.

Com direito a elogios, fotos e selfies.

O empresário não contava que em São Paulo, curtiu o post, um amigo do dono do restaurante.  Logo uma mensagem, com o resto do perfil do trambiqueiro contumaz,  pousava na Rainha da Borborema.

O golpe só não deu certo porque o apressado convidado, com seu helicóptero  já de motores aquecidas, precisava passar pelo hotel.

Seu vacilo foi dizer onde (de verdade) estava hospedado.

Aí ficou fácil.

A polícia impediu mais um calote de quem já tinha passagem como deputado federal.

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