26 de abril de 2024
Imprensa Nacional

Para refletir: Quem quer estocar o STF?

 

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O jornalista Reinaldo Azevedo fez algumas considerações sobre a ameaça de atentado ao STF pra lá de oportunas. Claro que não são palatáveis para militância, mas para quem gosta de pensar além das preferências pré-estabelecidas, vale a pena.

Até por uma análise ser de fatos postos e incontestáveis; causas e consequências.\

Vejamos.

Existe ou não existe ameaça, plausível ao menos, de ataque terrorista ao Supremo e a seus integrantes? O ministro Alexandre de Moraes recebeu um alerta da Polícia Federal, que foi devidamente repassado ao presidente do tribunal, Dias Toffoli. Este, por seu turno, teve de transmitir a informação aos outros nove ministros, exortando-os a tomar cuidados especiais com sua segurança. E por que foi Moraes a receber o aviso da PF? Porque é ele o relator do Inquérito 4.781, aberto de ofício por Toffoli, para investigar, entre outras práticas, ameaças a membros da Corte.

A questão principal, neste momento, é uma só: quem concorre para que o Supremo tenha entrado na mira dos que se esgueira

Membros destacados da Lava Jato — operação que, a exemplo do ministro, goza de prestígio popular — transformaram-se em verdadeiras máquinas publicitárias de difamação do Supremo, com o auxílio ideologicamente criminoso, para dizer o mínimo, de alguns ditos “movimentos de rua”. A propósito: algo contra os ditos-cujos? Nada! Desde que se soubesse quem são os que, longe da rua, financiam a difamação e a depredação institucional. Vivemos a situação insólita em que a doação de empresas privadas a campanhas, devidamente registrada, é proibida. Mas se permite que o dinheiro privado financie a ação política desses valentes ao arrepio de qualquer controle. Ou por outra: o mal estaria, entã… –

Ora, não é isso o que se vê amiúde na esgotosfera? O Supremo passou a ser tratado como “inimigo do povo”, muito particularmente quando decide fazer valer o que está escrito no texto constitucional. Em 2019, a extrema-direita foi ao menos quatro vezes às ruas pedir a cabeça de ministros da Corte. Os senadores, cumpre destacar, que insistem na institucionalmente pornográfica CPI da Lava Toga estão estimulando malucos a partir para a ação direta. Há diferenças nada ligeiras entre a crítica política e a depredação institucional. … –

Encerro lembrando que estou entre aqueles que, em consonância com Regimento Interno do STF, reconhecem o direito que tem o tribunal de abrir uma investigação de ofício quando a Corte está sob ataque.

“Ah, mas essa seria tarefa do Ministério Público Federal”. É mesmo? Ocorre que setores do MPF, como resta evidente, tornaram-se verdadeiros antros de difamação do Supremo e, por via indireta, de estímulo a ações tresloucadas. O órgão não reprimiu ou conteve nem mesmo alguns procuradores que se transformaram em detratores profissionais, estimulando manifestações de rua contra o tribunal. … –

O alerta feito pela PF evidencia, sim, a necessidade da investigação. Ou a coisa agora cairia no vazio, uma vez que, infelizmente, gente que deveria investigar está muito ocupada em atacar as instituições, reiterando sempre que a decisão de Toffoli está amparada no Regimento Interno, recepcionado pela Constituição de 1988 com força de lei.

 

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