26 de abril de 2024
Política

QUIPROCÓ DE GENTE FINA

F494EFEE-5134-4F18-9E72-13A6D1C7D2F8Não era sossego o que procurava o novo inquilino daquela casa tão espaçosa e arrodeada de jardins.

O endereço dos mais conhecidos, pela segurança  não encontrada em nenhum outro lugar, também não deve ter sido o apelo principal.

Fama, poder, glória e um lugar garantido na história, sem dúvida, as reais motivações.

Família até bem comportada,  para a complexidade de três casamentos. Todas com modelos fotográficos bem mais jovens. Duas estrangeiras. E muitos filhos.

Tinha tudo pra armação de barracos domésticos mas não é o que se tem visto nestes quase três anos desde a assinatura do contrato de locação.

As confusões têm sido frequentes mas sempre da porta pra fora, precedidas de tijolaços desferido pelo homem mais poderoso do mundo, nas suas redes sociais. Para múltiplos alvos.

Com a economia em voo de cruzeiro, inflação e juros no térreo e emprego pra quem quiser trabalhar, ninguém quer mudar de moradia.

As guerras mais sanguinárias sendo travadas em sucessivas batalhas por tarifas comerciais, o espírito belicoso  é voltado para o combate a quem possa causar o indesejado despejo.

No ataque ao futuro adversário,  um campo distante e alguém pra fazer o jogo sujo. Era só botar catinga nos negócios gasosos do filho que o objetivo seria alcançado.

O plano vazou e a casa caiu. Ou balançou e pode cair.

Para manter a tradição dos antecessores que fumavam mas não tragavam, o da vez nega que tenha havido quid pro quo.

Se um telefonema que acaba em processo de impeachment do presidente da maior potência mundial não pode ser chamado de quiproquó, é melhor gastar mais o nosso latim.

No popular, o pau comendo solto, confusão ou arranca-rabo. A dimensão da barafunda é medida em trapalhadas, agitação e tumulto.

No linguajar castiço,  no entendimento anglo-saxão, trocar uma coisa por outra. Algo dado a uma pessoa em troca de outra coisa.

Como  uma ajuda militar de 400 milhões de dólares por informações privilegiadas sobre o envolvimento do pimpolho do adversário político em negócios nebulosos em país onde corrupção é instituição tradicional.

Nos usos e costumes dos políticos, acima e abaixo do equador, o velho e imorredouro toma lá, dá cá.

Agora, a salvação nas mãos dos senadores e nas bênçãos de São Francisco de Assis.

É dando que se recebe.

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