Rodrigo Maia fecha semana unindo 11 partidos, 281 deputados e uma frente ampla “pela democracia”

 Depois de uma semana conturbada tendo que juntar pedaços pós-derrota no STF, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) termina fortalecido.

Anunciou nesta sexta-feira (18) a formação de uma frente ampla, com a participação de partidos de esquerda e de centro, para lançar um candidato único à eleição da Casa, em 1º de fevereiro.

Ao todo, o grupo soma 11 partidos — PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede — com 281 deputados.

PT e PSL, que foram adversários ferrenhos na última eleição presidencial, agora estão lado a lado, em um exemplo de força e impacto da frente ampla.

Apesar disso, a disputa permanece indefinida. Qualquer prognóstico faltando 45 dias para a eleição é, por certo, precipitado.

O candidato do bloco de Maia ainda não foi escolhido.

E, como a votação é secreta, nada garante que o escolhido do atual presidente da Câmara receberá todos os 281 votos.

Traições de última hora são comuns nesse tipo de eleição.

“Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim. Porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático”, declarou.

Ao lado de lideranças dos 11 partidos do bloco, Maia leu uma carta em defesa da democracia. Segundo ele, a Câmara ganhou projeção nos últimos anos por ter se tornado a “fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros”.