27 de abril de 2024
Coronavírus

SEGUNDA CHANCE

 

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Se piada velha tivesse alguma graça numa hora dessas, era pra se pedir o fechamento do
Teatro Alberto Maranhão mais uma vez.

E da Biblioteca.

E de suspender a ordem de serviço para as obras de restauração do Forte.

A nova onda de contaminação está passando pelo hemisfério norte e nada nos garante que não quebre também em nossas praias saudosas dos turistas endinheirados.

E pode não vir como uma marolinha.

O aumento do número de casos e a quebra da  estabilidade aconteceram no verão dos ricos,  n’além-mar.

Já houve este engano de pensar que a virose respiratória não resistiria ao clima quente.

Não era mal a acometer apenas vias aéreas.

Não era doença sazonal.

Não era uma gripezinha qualquer.

Não era nada que se conhecesse.

Proibidos  das longas viagens para paraísos tropicais, os europeus mais jovens viveram um verão tão movimentado como os passados.

Junto com as faturas dos cartões de créditos estouradas nas férias, começaram a receber as cobranças da pandemia que acorda do curto período que hibernou na estação mais quente de todas.

Os sinais de alerta dispararam e os governos dos países mais afetados no primeiro ataque, são os que partem na frente com retomada das medidas restritivas.

Prenúncio de outros lockdowns.

Como não somos bons em atitudes que se antecipem aos acontecimentos, estamos assistindo à reprise do que esteve em cartaz há oito meses.

Negar é a prática neste replay.

Achar que o pior já passou e voltar ao normal é o que se tem feito.

O mais, a vacina garante. Desde que se possa escolher de onde vem.

Nunca tivemos a disciplina dos orientais. Os primeiros e os que melhor  enfrentaram e convivem com a fera ainda não amansada.

Proteção individual com o mesmo rigor do auge da irrupção e respeito ao distanciamento, são as receitas tão simples e não imitadas.

O calor humano, inerente à latinidade e o gosto pelas festas democráticas, misturadas com uma campanha eleitoral é como espirro em elevador lotado.

Em poucos dias, com o resultado das eleições, o país mais afetado em número de contaminados e óbitos, deverá mudar de tática na guerra que está perdendo em seu próprio território.

Das urnas, sairá a conduta a ser tomada.

Deixar a doença em seu curso destruidor, respeitando as autonomias estaduais e  individualidades ou tomar atitudes uniformes sob a liderança do presidente eleito.

Os  habitantes do fundo do quintal, precisam esquecer o complexo de vira-lata e aproveitar esta oportunidade para corrigir rumos.

Na segunda época, a chance da recuperação.

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One thought on “SEGUNDA CHANCE

  • Cabral /

    O maior exemplo de irresponsabilidade vem da maior potência mundial. Donald Trump pode não ganhar mas deixa o país com o maior índice de contaminação do planeta. Quem viver verá.

    Resposta

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