20 anos depois: Donos do hotel (fantasma) da BRA ganham mais prazo para demolição de último andar
Mais um capítulo da novela “Hotel da BRA”, um esqueleto de concreto erguido na Via Costeira de Natal há vinte anos e que se transformou também numa ode à lentidão e burocracia do poder público, incluindo aí o sistema sem fim de recursos judiciais, que ajudam ao “animus empurrandi” de quem é parte no Judiciário .
Ontem, a decisão de prorrogação de prazo conseguido pela nova proprietária do Hotel construído fora dos padrões estabelecidos no Plano Diretor de 2005.
Segundo a decisão do juiz federal Ivan Lira de Carvalho, titular da 5ª Vara Federal, a empresa NATHFW mostrou “boa fé” e provou a necessidade de mais 90 dias de prazo para demolir o último andar do hotel em construção na Via Costeira de Natal.
O que são 90 dias para quem já esperou 20 anos, não é mesmo?
Os empresários, que assumiram o esqueleto de concreto, conseguiram convencer que a empresa não conseguiu a licença demolitória expedida pelo Município de Natal, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo.
COM A PALAVRA A SEMURB
Este TL conversou com o secretário de mobilidade urbana de Natal, Thiago Mesquita, que esclareceu a complexidade da demolição e a autorização já deferida pela Secretaria.
Mesquita lembrou ainda multa diária estabelecida à empresa, caso a ordem não seja cumprida no novo prazo estabelecido.
A empresa a NATHWF Empreendimentos S.A, responsável pela construção, recebeu esta semana a autorização para demolição parcial deu entrada no processo junto à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).No entanto, caso o prazo não seja cumprido, a Prefeitura poderá executar a demolição do pavimento. A multa é de R$ 100 mil à empresa caso a demolição não seja realizada no tempo previsto.
DO TL
O que ainda não se sabe, nem os mais experientes conseguem antecipar é como será feita a demolição de apenas um pavimento numa estrutura visivelmente comprometida, sem gerar maiores danos aos outros pavimentos do Hotel… fantasma.
