2 de maio de 2024
Imprensa Nacional

3ª geração do Grupo Gentil dá exemplo de adaptação do comércio digital na pandemia

Do Estadão 

Num mundo cada vez mais digital e com uma sociedade mais consciente, as agendas de sustentabilidade e inovação viraram questão de sobrevivência para as empresas.

Mas enquanto as companhias de capital aberto já entenderam a nova realidade para atender às demandas de clientes, credores e investidores, os grupos familiares ainda patinam em alguns temas, como as questões ambientais e sociais.

A maioria priorizou a agenda de digitalização em detrimento das ações de sustentabilidade.

GRUPO DE ORIGEM POTIGUAR É EXEMPLO

Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Daniel Gentil viveu os últimos dez anos em São Paulo, onde fez faculdade de administração de empresas e pós em finanças corporativas.

Nesse período, participou de grupos de liderança para jovens, viajou para os principais centros de tecnologia do mundo (Vale do Silício, Israel e Londres) e criou a própria startup. Até o dia 19 de março do ano passado. Depois dessa data, a vida de Gentil teve uma reviravolta.

Neto do fundador da Gentil Negócios – empresa que faz a gestão de franquias do Boticário, Quem Disse Berenice e Swarovisk no Nordeste do Brasil –, ele foi chamado pela família para ajudar na crise causada pela covid-19 e que havia praticamente zerado o faturamento de cerca de 100 lojas do grupo.

Aos 28 anos, adepto do universo digital, sua voz e ideias inovadoras começavam a ganhar espaço na companhia de mais 70 anos.

“Jamais teria essa oportunidade tão relevante se não fosse a pandemia. Afinal, se as coisas estão funcionando bem, para que mexer no modelo?

Foi um momento único para a inovação”, diz o jovem, que implementou um programa de digitalização no grupo e acaba de assumir as regionais do Maranhão e do Ceará.

As mudanças promovidas pela Gentil Negócios para superar a crise e acompanhar as novas tendências do mercado também têm sido um desafio para várias empresas familiares nos últimos anos, sobretudo após a pandemia.

No quesito digitalização, as companhias têm conseguido fazer grandes transformações, embora ainda haja um longo caminho pela frente. De acordo com a pesquisa da PwC, no Brasil, apesar de só 15% das 282 empresas familiares entrevistadas terem um amadurecimento digital avançado, a maioria elegeu a agenda como prioritária para os próximos dois anos.

“Na pandemia, as ferramentas digitais ganharam uma relevância muito grande para a sobrevivência das empresas, sobretudo para quem atuava no varejo”, afirma o sócio da PwC Brasil Carlos Mendonça, líder de Empresas Familiares na consultoria. Nessa caminhada, cada um tem buscado uma solução diferente. Alguns estão profissionalizando a gestão da empresa e outros buscam promover a nova geração para cargos de liderança, como foi o caso de Gentil.

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